Um ministério para Rodrigo Pacheco?
O governo Lula trabalha para ter os dois atuais presidentes de Casas Legislativas na Esplanada dos Ministérios: Lira e Pacheco
O presidente Lula estuda a possibilidade de entregar um ministério para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG, foto), assim que ele deixar o cargo em fevereiro do próximo ano.
O estratagema foi revelado nesta quinta-feira, 23, pela Folha de S. Paulo e confirmado por O Antagonista com fontes próximas ao parlamentar mineiro.
Caso isso ocorra, o governo Lula trabalha para ter os dois presidentes de Casas Legislativas na Esplanada dos Ministérios. No ano passado, Crusoé revelou um plano semelhante envolvendo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Algo inédito na República brasileira.
Desde o início do ano, Pacheco vem se aproximando do governo Lula. A ideia de se entregar uma pasta para Pacheco tem dois principais objetivos: garantir o protagonismo do político mineiro em 2025 e 2026 e, de quebra, garantir que o Senado possa manter uma postura governista nos dois últimos anos do governo Lula.
A expectativa é que o grupo de Pacheco consiga eleger também o próximo presidente do Senado. O principal nome é de Davi Alcolumbre (União-AP), aliado de primeira hora do parlamentar mineiro e que também tem buscado uma aproximação ainda maior com o governo Lula.
Também está na conta um possível apoio do governo Lula a uma candidatura de Pacheco ao governo de Minas. Pacheco, no entanto, sofre resistências do próprio partido, conforme revelou Crusoé. Internamente, o ex-prefeito de Minas Gerais Alexandre Kalil aparece como líderes da pesquisa na disputa pelo Palácio da Liberdade.
As conversas ainda estão em fase embrionária e por meio de emissários de Lula dentro do PSD. Em abril, o presidente da República conversou com seus principais integrantes do primeiro escalão já sondando essa possibilidade. A pasta destinada a Pacheco ainda não está definida, mas a ideia é que seja um ministério com atividade fim: ou seja, aquele com capacidade de entrega de obras.
No ano passado, o governo Lula também discutiu a destinação de uma pasta para Arthur Lira. O plano ainda não foi totalmente descartado, embora tenha arrefecido nos últimos meses. A ideia do Planalto era entregar uma pasta como Cidades, por exemplo. Mas, para isso, Lula precisaria fazer uma reacomodação de aliados dentro do MDB.
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