Um governo petista até demais
Após um ano de governo Lula, a cúpula do Congresso Nacional ainda não engoliu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. É o que diz reportagem da...
Após um ano de governo Lula, a cúpula do Congresso Nacional ainda não engoliu o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (foto, à direita). É o que diz reportagem da Folha de S.Paulo sobre o incômodo dos deputados e senadores com a articulação do Palácio do Planalto.
“A insatisfação gira em torno, principalmente, de falta de traquejo nas negociações políticas e do não cumprimento de acordos que teriam sido firmados. A atuação de Padilha na negociação da reforma ministerial, que se arrastou de julho a setembro, também foi bastante criticada por parlamentares”, diz a reportagem.
Também sobrou para os líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP). Dos três, Randolfe é.o único que ainda não compõem formalmente o PT, mas ele indicou no fim da semana passada que deve retornar ao partido.
A solução seria escolher um articulador de fora do PT. nem que seja de outro partido de esquerda, como PSB, PV e PC do B, relata a Folha.
O que acham os petistas?
Os petistas enxergam nas críticas apenas a sede por poder do Centrão e dizem que não faz sentido um governo Lula sem articulação política do PT.
O PT publicou no início do mês uma resolução em que diz que “as forças conservadoras e fisiológicas do chamado centrão, fortalecido pela absurda norma do orçamento impositivo num regime presidencialista, exercem influência desmedida sobre o Legislativo e o Executivo, atrasando, constrangendo e até tentando deformar a agenda política vitoriosa na eleição presidencial”.
“O governo, coerentemente com nosso compromisso democrático, respeita a legitimidade de um Congresso igualmente eleito pelo povo. É urgente, no entanto, nos organizarmos politicamente para alterar esta correlação de forças, o que só se dará pela conscientização e mobilização daqueles e daquelas que representamos e defendemos”, segue a nota do PT.
O texto, patrocinado pela presidente nacional do partido, deputada Gleisi Hoffmann (PR), não ajudou em nada a melhorar o clima entre or articuladores do governo e a cúpula do Congresso.
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