O Brasil chega a 80 mil mortes registradas por Covid-19 tendo fracassado de maneira calamitosa.

A epidemia, que estava circunscrita a algumas regiões, alastrou-se sem parar, porque fomos incapazes de adotar um lockdown nacional.

O distanciamento social foi sabotado, embora estivéssemos longe do pico do contágio.

O coronavoucher, que deveria ter sido usado para socorrer os brasileiros durante a quarentena e garantir-lhes uma renda até o retorno ao trabalho, foi uma oportunidade perdida, porque a quarentena não foi feita e os trabalhadores estão retomando as atividades no auge da epidemia.

Jogamos uma montanha de dinheiro pela janela em subsídios às empresas, porque não conseguimos criar as condições mínimas para que elas pudessem voltar a produzir. Quando os subsídios acabarem, muitas delas vão falir, impossibilitadas de funcionar normalmente por causa do vírus.

Não testamos o bastante, não distribuímos máscaras, não protegemos os mais frágeis – e ainda por cima roubamos nos respiradores.

Temos um presidente da República que é uma vergonha descomunal.

O reflexo desse fracasso vai ser sentido pelas próximas décadas.