Um delegado diligente
No inquérito que levou à prisão de Joesley e Wesley Batista, o MPF barrou pedido do delegado Vitor Hugo para ações de busca e apreensão na casa dos advogados Francisco de Assis e Silva e Fernanda Tórtima e do ex-procurador Marcelo Miller...
No inquérito que levou à prisão de Joesley e Wesley Batista, o MPF barrou pedido do delegado Victor Hugo para ações de busca e apreensão na casa dos advogados Francisco de Assis e Silva e Fernanda Tórtima e do ex-procurador Marcelo Miller
A procuradora Thaméa Danelon entendeu que não cabiam tais diligências por um simples fato: eles não estão sendo investigados no inquérito policial sobre ‘insider trading’.
Para pedir as buscas contra Tórtima, Assis e Miller, o delegado enxertou no inquérito indícios relacionados à suspeitíssima atuação do ex-procurador – que levou à rescisão do acordo de colaboração de Joesley e Wesley Batista.
Victor Hugo juntou mensagens de um grupo de Whatsapp dos irmãos Batista que teriam sido apreendidas no âmbito de outra operação da PF, a Lama Asfáltica – que investiga esquema de corrupção no Mato Grosso.
Com base nessas mensagens, o delegado acusou os advogados de serem “partícipes do delito de corrupção ativa praticado pelos irmãos Batista” e que “asseguraram a ocultação deste crime”.
São acusações graves que merecem ser tratadas em inquérito exclusivo, sob o risco de serem usadas politicamente pelo Palácio do Planalto, como ocorreu na semana passada quando foram vazadas à imprensa após a prisão da dupla de empresários.
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