Um computador suspeito da Abin nas mãos de aliados de Carlos Bolsonaro
Agentes da PF encontraram um computador registrado em nome da Agência Brasileira de Inteligência na posse de um aliado do vereador
Agentes da Polícia Federal (PF) encontraram um computador registrado em nome da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) em posse de aliados do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) durante as buscas realizadas na manhã desta segunda-feira, 29, em endereços do parlamentar.
Como um desdobramento da Operação Vigilância Aproximada, realizada semana passada, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão. Três deles miravam Carlos Bolsonaro – um na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, outro em Angra dos Reis e um terceiro no Rio de Janeiro, capital do estado.
Como revelamos mais cedo, a PF suspeita que alguns relatórios paralelos da Abin foram produzidos a pedido de Carlos Bolsonaro justamente para atacar adversários políticos com uma estrutura montada no Palácio do Planalto. Esse seria o elo entre o “Gabinete do Ódio” e a “Abin paralela”, coordenada, conforme a PF, por Alexandre Ramagem.
Celulares
Na residência de outro alvo da operação, o ex-agente do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Giancarlo Gomes Rodrigues foram encontrados dez aparelhos celulares, uma arma e um HD externo e um computador registrado em nome da Abin.
Também foram alvo da operação dois assessores parlamentares: Luciana Paula Garcia da Silva Almeida, que trabalha com Carluxo, e Priscila Pereira e Silva, auxiliar de Alexandre Ramagem.
O vereador Carlos Bolsonaro é o principal alvo da PF na operação desencadeada nesta segunda-feira. Os oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Rio de Janeiro, Brasília, Formosa e Salvador.
Núcleo político
Segundo a PF, a operação desta segunda-feira “busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas.”
“Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público”, destacou a Polícia Federal.
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