TSE mantém suspensão de eleições em Macapá
O TSE manteve suspensas as eleições deste ano em Macapá, devido à crise de falta de energia no estado. Por unanimidade, o tribunal manteve decisão tomada pelo presidente da corte, Luís Roberto Barroso, nesta madrugada...
O TSE manteve suspensas as eleições deste ano em Macapá, devido à crise de falta de energia no estado. Por unanimidade, o tribunal manteve decisão tomada pelo presidente da corte, Luís Roberto Barroso, nesta madrugada.
Os dois turnos, que acontecem nos dias 15 e 29 de novembro, estão suspensos e sem data para ser realizados. O TSE apenas definiu que o processo eleitoral em Macapá deve estar concluído até o dia 27 de dezembro deste ano, para que nenhum mandato seja estendido por causa da crise.
Na liminar, Barroso citou o risco de vandalismo e protestos nos locais de votação. Na sessão desta manhã, o ministro disse que ontem mesmo conversou com o presidente do TRE do Amapá, Rommel Araújo, com a Abin e com a Polícia Federal, e com todos os ministros do TSE, para tomar a decisão.
Barroso disse que a preocupação era “ter certeza de que o TSE não estava sendo uma peça do tabuleiro político, que pudesse convir a um ou a outro o adiamento. E por essa razão, procurei falar com o presidente do TRE, com as outras autoridades citadas e me certifiquei de que era uma situação de interesse público geral”.
É que ontem ele foi procurado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, senador pelo Amapá, que pediu a suspensão das eleições na capital amapaense. O irmão dele, Josiel, é candidato a prefeito de Macapá e vem derretendo nas pesquisas de intenção de voto.
O ministro Barroso, entretanto, contou que Macapá vive uma situação de calamidade pública reconhecida pelo Legislativo local, e que a falta de energia leva à falta de água, acarretando uma “crise de abastecimento”.
O ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto sugeriu a criação de uma comissão para acompanhamento diário da crise no Amapá – o ministro Mauro Campbell Marques se ofereceu para ir pessoalmente a Macapá para acompanhar a situação, se for necessário.
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