O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou há pouco que o presidente da República, Jair Bolsonaro, não pode utilizar em sua campanha eleitoral vídeos com seu discurso na ONU (Organização das Nações Unidas), proferido na terça-feira passada (20).

Na sexta-feira da semana passada, o corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves, determinou que o presidente retire de suas redes sociais os vídeos com trechos de sua manifestação na ONU. Hoje, cinco ministros acompanharam a decisão de Gonçalves. Apenas um foi contra a liminar: o ministro Carlos Horbach.

Segundo Benedito Gonçalves, o presidente deu tons eleitorais à sua fala e atacou diretamente o ex-presidente Lula, afirmando que ele foi “condenado em três instâncias”.

“O material reproduzido é passível de incutir, no eleitorado, a falsa percepção de que assiste a uma demonstração de apoio internacional à sua candidatura [Jair Bolsonaro]. Quando, na verdade, o representado está representando o país no exercício de prerrogativa reconhecida desde o ano de 1949”, declarou o corregedor-geral.

Horbach, por sua vez, afirmou que o próprio Lula também usou imagens de seus discursos na ONU como propaganda eleitoral na campanha de 2006.