A Transparência Internacional – Brasil publicou uma série de críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A organização reconheceu a postura de diálogo democrático adotada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, mas enfatizou que a imprensa e a sociedade esperam mais do Judiciário, que enfrenta desafios de legitimidade e integridade.

A entidade elogiou Barroso por defender o STF e o CNJ em um momento de ataques sistemáticos às instituições, destacando que essa postura contrasta com “os ataques grotescos de Jair Bolsonaro” e com as decisões sigilosas conduzidas por Alexandre de Moraes. No entanto, a Transparência Internacional reforçou que o papel da imprensa não é promover relações públicas, mas “falar a verdade ao poder” e denunciar irregularidades.

No texto, foram apontados episódios como a suspensão de multas bilionárias que beneficiariam vítimas de corrupção, a derrubada de reformas que buscavam maior moralidade na relação entre juízes e advogados, além de decisões que, segundo a entidade, ferem direitos fundamentais em processos criminais. Para a Transparência Internacional, esses episódios configuram desvios que precisam ser enfrentados com urgência.

Embora tenha reconhecido que Barroso foi voto vencido em várias dessas situações, a organização defendeu que ele, como presidente do STF, lidere um movimento de “choque de integridade e republicanismo” no Judiciário. A proposta incluiria mobilizar a maioria honesta de magistrados e servidores para enfrentar o que chamou de “Centrão do Judiciário”, que, segundo a entidade, tem prejudicado o país.

A Transparência Internacional concluiu com um alerta: não é momento para estratégias de relações públicas, mas sim para reformas que fortaleçam o Judiciário e a democracia brasileira.