Tragédia no RS: sobe para 149 o número de mortos
Com 446 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas chuvas, 538.245 pessoas estão desalojadas no estado
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul informou nesta terça-feira, 14, que o número de mortos em função das fortes chuvas que atingiram o estado subiu para 149.
Segundo balanço divulgado às 18h, 124 pessoas continuam desaparecidas, enquanto 806 ficaram feridas nas enchentes.
No início da tarde desta terça, o número de mortos era de 148.
Com 446 dos 497 municípios do Rio Grande do Sul afetados pelas chuvas, 538.245 pessoas estão desalojadas, das quais 79.494 estão em abrigos.
O estado contabiliza 2.124.553 milhões de habitantes afetados pelos estragos causados.
Até o início da noite de hoje, 76.483 pessoas e 11.002 animais foram resgatados das enchentes.
Rio Grande do Sul tem temperatura mais fria do ano
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou, nesta terça-feira, 14, as temperaturas mais baixas do ano em alguns municípios do Rio Grande do Sul. A capital gaúcha, Porto Alegre, atingiu a mínima de 10ºC, a mais baixa de 2024, e a temperatura não deve passar dos 16ºC durante o dia.
No entanto, o estado, que já sofre com enchentes que causaram mais de 140 mortes, teve temperaturas ainda menores. Em Quaraí, a mínima foi de 2,1°C, e em Bom Jardim da Serra, 3ºC. Os municípios de Bagé, Canguçu, Dom Pedrito e Caçapava do Sul também registraram temperaturas abaixo dos 4ºC.
O frio intenso agrava ainda mais a situação do estado, que tem mais de 267 mil lares sem energia elétrica e quase 160 mil sem abastecimento de água. Milhares de pessoas estão abrigadas em locais temporários e as baixas temperaturas tornam essa situação ainda mais difícil. De acordo com a Defesa Civil, mais de 500 mil pessoas estão desalojadas e quase 80 mil estão em abrigos públicos.
Os riscos da queda brusca na temperatura
Especialistas alertam para os riscos à saúde causados pelas alterações térmicas, como quedas bruscas de temperatura. Essas mudanças podem afetar o sistema imunológico, aumentando a vulnerabilidade do organismo a condições infecciosas. Além disso, a concentração de um grande número de pessoas em locais fechados pode contribuir para a propagação de bactérias, explica reportagem da Folha de São Paulo.
O Inmet, juntamente com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgaram, na semana passada, a chegada de uma frente fria intensa na região. As previsões indicam que as temperaturas podem chegar a 0ºC durante a semana nas regiões da Campanha e da Serra Gaúcha, com possibilidade de geada.
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