Torres nega interferência na PRF e chama minuta de “aberração”
Anderson Torres (foto) iniciou seu depoimento à CPMI do 8 de janeiro, nesta terça-feira (8), dizendo que considera ter servido bem ao Brasil durante seu mandato como ministro da Justiça. Ele fala a senadores e deputados neste momento...
Anderson Torres (foto) iniciou seu depoimento à CPMI do 8 de janeiro, nesta terça-feira (8), dizendo que considera ter servido bem ao Brasil durante seu mandato como ministro da Justiça. Ele fala a senadores e deputados neste momento.
“Nunca permiti que a Polícia fosse usada para perseguir adversários do governo”, disse — antes de prestar o que considerou ser esclarecimentos. O texto com uma minuta de golpe, encontrado em sua casa após sua prisão em janeiro, seria “apócrifo, sem data, uma fantasiosa minuta, que vai para a coleção de absurdos que constantemente chegam aos detentores de cargos públicos”. Ele disse que tinha costume de levar arquivos recebidos para casa, mas que apenas os documentos importantes retornavam ao Ministério. Ele chamou o documento de “aberração” e “imprestável”.
“Tenho consciência [de] que, no Ministério da Justiça, eu servi acima de tudo ao Brasil”, disse o ex-ministro, que deve explicar o uso da Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante o segundo turno das eleições e sua omissão no dia 8 de janeiro, assim como a minuta de um texto considerada golpista, para reverter ilegalmente o resultado das eleições. “Sempre agi dentro da lei, respeitando a hierarquia e a disciplina que são os pilares da Polícia Federal.”
O ex-ministro de Jair Bolsonaro disse que não interferiu nas operações da PRF, e que as operações ocorreram sem alterações em relação ao primeiro turno. “Eu não tinha atribuição de vetar o planejamento operacional de qualquer operação”, afirmou. “Todas as informações que recebi na data de 30 de outubro indicavam que tudo estava transcorrendo normalmente, e isso acabou sendo confirmada pelas entrevistas de autoridades da justiça eleitoral, logo após encerrada a votação.”
Torres ainda disse que comparece ao Senado com “espírito cooperativo” e usou de parte de sua fala para defender números de suas duas gestões — com Jair Bolsonaro e Ibaneis Rocha (MDB), o governador do Distrito Federal.
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