Torres já se prepara para novo depoimento à Polícia Federal
A defesa de Anderson Torres vai se adiantar a uma possível reconvocação e pretende peticionar à Polícia Federal para colocar o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF à disposição para um novo...
A defesa de Anderson Torres vai se adiantar a uma possível reconvocação e pretende peticionar à Polícia Federal para colocar o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF à disposição para um novo depoimento.
Após a prisão de Silvinei Vasques, ex-diretor geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e a nova convocação de Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, que deve depor nesta sexta-feira (11), a defesa de Torres acredita que ele deve ser intimado a esclarecer a elaboração de boletins de inteligência que apontavam as cidades no Nordeste onde o então candidato Lula (PT) teria 75% das intenções de voto.
A PF investiga as reuniões entre Silvinei e Anderson Torres às vésperas das eleições. O inquérito busca verificar se eles estavam diretamente envolvidos em uma suposta tentativa de prejudicar a votação de Lula no segundo turno.
Em depoimento à CPI da Câmara Legislativa do DF, prestado ontem (10), o ex-ministro da Justiça Anderson Torres afirmou que não teve nenhuma participação nas ações da PRF nos bloqueios das estradas, no dia 30 de outubro de 2022.
“Eu não tinha interferência no planejamento interno da PRF e muito menos da Polícia Federal“, afirmou Torres aos deputados distritais.
A linha de defesa do ex-ministro da Justiça, de “espírito colaborativo” e “não confronto com o Supremo Tribunal Federal”, recebeu elogios do presidente da CPI distrital dos Atos Antidemocráticos, deputado Chico Vigilante (PT), durante o depoimento do ex-ministro.
Anderson Torres é investigado por suposta omissão nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Ele ficou preso por cerca de quatro meses e foi libertado após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que determinou medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de deixar o DF, entrega do passaporte, suspensão de porte de armas de fogo, proibição de redes sociais e de comunicação com os demais investigados no caso.
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