Torres dá novo depoimento sobre suposto boicote aos eleitores do Nordeste
A PF apura se houve ação coordenada para impedir que eleitores do então candidato Lula (PT) chegassem aos locais de votação
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres dará, nesta segunda-feira,14, novo depoimento à Polícia Federal (PF), em Brasília, sobre o caso das blitzes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que supostamente interferiram no segundo turno das eleições presidenciais de 2022.
Investigação
A PF apura se houve ação coordenada para impedir que eleitores do então candidato Lula (PT) chegassem aos locais de votação na região Nordeste. Mais de 2 mil bloqueios foram realizados na região durante o período eleitoral. À época, Silvinei Vasques, também indiciado, era diretor-geral PRF.
O indiciamento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) apresenta evidências de crime com base no artigo 359-P do Código Penal. Esse artigo prevê punição para quem, utilizando violência física, restringir, impedir ou dificultar o exercício dos direitos políticos de qualquer pessoa.
Como mostramos, Torres e Vasques são suspeitos de terem ordenado agentes da PRF a bloquear o trânsito de eleitores.
Vasques chegou a cumprir prisão preventiva pelo caso por um ano, até ser solto em 8 de agosto. Dentre os crimes investigados, estão: prevaricação, violência política e impedimento ou embaraço ao exercício do voto.
TRE-RN
Em dezembro do ano passado, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) afirmou à PF haver indícios de que blitzes organizadas pela PRF afetaram o fluxo de eleitores no segundo turno das eleições de 2022.
Com base em uma amostra de 5.830 eleitores do município de Campo Grande (RN), um relatório enviado à PF indicou que as abordagens da PRF, na época comandada por Silvinei Vasques, nas estradas do Nordeste, reduto eleitoral de Lula, podem ter prejudicado a votação.
Torres
O ex-ministro Anderson Torres também se tornou alvo de investigação por tentativa de abolição ao Estado Democrático de Direito. Ele era secretário de Segurança Pública do Distrito Federal na ocasião das invasões aos prédios públicos durante o 8 de janeiro.
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