Tolentino foi investigado por lavagem e virou delator da Operação Ararath
Acusado pela CPI da Covid de ser sócio oculto da FIB Bank, empresa que concedeu garantia fajuta à Precisa Medicamentos nos contratos com o Ministério da Saúde, o empresário Marcos Tolentino foi investigado por lavagem de dinheiro na Operação Ararath, que desbaratou esquema de corrupção envolvendo conselheiros do TCE e políticos do Mato Grosso. O nome de Tolentino surgiu no âmbito da investigação da Polícia Federal sobre uso, pelo núcleo político do esquema, de uma "instituição financeira clandestina"...
Acusado pela CPI da Covid de ser sócio oculto da FIB Bank, empresa que concedeu garantia fajuta à Precisa Medicamentos nos contratos com o Ministério da Saúde, o empresário Marcos Tolentino foi investigado por lavagem de dinheiro na Operação Ararath, que desbaratou esquema de corrupção envolvendo conselheiros do TCE e políticos do Mato Grosso.
O nome de Tolentino surgiu no âmbito da investigação da Polícia Federal sobre uso, pelo núcleo político do esquema, de uma “instituição financeira clandestina”, operada por Gercio Marcelino Mendonça Júnior e Éder de Moares, ex-secretário dos governos Blairo Maggi e Silval Barbosa.
Segundo a PF, eles captavam, emprestavam e lavavam dinheiro de origem ilícita via Globo Fomento e Comercial Amazônia de Petróleo, que fizeram transferências para as empresas Paz Administradora de Ativos e Benetti Prestadora da Serviços e Incorporadora, ambas ligadas a Tolentino.
Em sua delação, Mendonça Júnior disse que parte da propina usada na compra da uma vaga no TCE-MT passou pela Paz Administradora, para ocultar origem e destino. Ao todo, segundo a PF, foram pagos R$ 2,5 milhões em 14 cheques — um deles de R$ 1,75 milhão. A empresa era então administrada por Vanessa Navarro Alvarenga Tolentino, mulher de Marcos Tolentino, e tinha como sócia sua sogra, Gloria Aparecida Navarro Alvarenga.
A PF também apreendeu no cofre do operador comprovante de depósito em favor da empresa Benetti Prestadora da Serviços, no valor de R$ 469 mil. Em sua delação, Mendonça Júnior disse que o valor foi pago “a pedido do deputado Riva”, em referência a José Geraldo Riva, ex-presidente da Assembleia Legislativa de MT, integrante do esquema.
Em seu relatório, a PF ressaltou que a Benetti e a Paz Administradora foram criadas na mesma época, e a primeira tinha então como sócio-administrador Marcos Tolentino, com 50% das cotas. A outra metade era de Roberto Alvarenga, seu sogro.
“Observa-se, assim, que ambas as empresas são administradas por pessoas da mesma família e cada uma delas está envolvida em um caso grave de lavagem de dinheiro que emergiu dos fatos investigados no bojo da Operação Ararath, relacionados a transações financeiras realizadas por Gercio Junior no interesse do núcleo político que se valia de sua ‘instituição financeira’ clandestina”, diz a PF.
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