TJ-SP cria remuneração extra de até R$ 100 mil para quem julgar processos atrasados
Em vez de fazer os desembargadores julgarem seus processos atrasados, o Tribunal de Justiça de São Paulo criou uma remuneração extra para quem pegar casos pendentes dos colegas. O dinheiro a mais pode chegar a R$ 100 mil em um ano, em alguns casos. E livre de Imposto de Renda...
Em vez de fazer os desembargadores julgarem seus processos atrasados, o Tribunal de Justiça de São Paulo criou uma remuneração extra para quem pegar casos pendentes dos colegas. O dinheiro a mais pode chegar a R$ 100 mil em um ano, em alguns casos. E livre de Imposto de Renda
No início de julho, o tribunal criou as câmaras extraordinárias de julgamento para dar conta dos 126 mil processos que tem pendentes de julgamento há mais de 100 dias. As câmaras serão compostas por três desembargadores de outros colegiados, que acumularão trabalho.
Foram criadas 19 câmaras: dez de Direito Privado, que julga casos de bancos, seguros e direitos do consumidor e concentra a maior parte dos processos pendentes, cinco de Direito Criminal e quatro de Direito Público. Cada um desses colegiados terá três desembargadores.
Hoje, um desembargador do TJ-SP ganha R$ 35 mil antes dos descontos, além dos penduricalhos.
As câmaras extraordinárias terão duração de um ano. Considerando o tamanho dos acervos de cada seção, os desembargadores do Direito Privado e do Público receberão cerca de 600 processos cada um. Se julgarem todos, depois de um ano receberão R$ 100 mil, além do salário normal.
O dinheiro a mais está registrado como “compensação por atividade extraordinária”, como se fosse uma indenização. Por isso, é livre de Imposto de Renda.
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