Vinte e três desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e pelo menos um magistrado do TRF-2 participaram, entre 1º e 5 de dezembro, do curso “Direito, Justiça e Inteligência Artificial”, promovido pela Universidade de Milão, na Itália. O treinamento, que custou R$ 518 mil ao TJ-RJ, teve 25 horas de atividades sobre regulamentação da IA, proteção de dados e desafios éticos da automação judicial, segundo O Globo.

O tribunal informou que a capacitação faz parte de ações para aumentar a eficiência da prestação jurisdicional. Há previsão de pelo menos mais três cursos semelhantes em 2026, todos na Europa, com valores próximos ao da primeira edição.

O evento contou ainda com a presença do ministro do STF Luiz Fux, que palestrou na abertura e no encerramento. Segundo ele, custeou sua própria hospedagem.

A iniciativa gerou críticas nas redes sociais. A ONG Transparência Internacional Brasil afirmou no X:

“Todos os dias o noticiário traz alguma notícia que reforça a imagem da Justiça brasileira como sinônimo de privilégio, abuso e falta de ética. O Brasil precisa se unir em apoio aos esforços de moralização do min. Fachin.

O código de ética do STF é o primeiro exemplo que deve vir de cima, mas todo o Sistema de Justiça precisa urgentemente de um choque de integridade.”

O projeto do presidente do STF, Edson Fachin, propõe a criação de um código de conduta para os ministros da Corte. Fachin afirmou que pretende instituí-lo até o fim do seu mandato, em setembro de 2027, e mantém diálogo com ministros aposentados e presidentes de tribunais superiores para viabilizar a medida.

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