Tiago Cedraz foi recomendado por Cabral como ‘vendedor da solução’ no TCU, segundo Diniz
Na delação premiada que desencadeou a Operação E$quema S, Orlando Diniz contou que foi Sérgio Cabral quem recomendou a contratação de Tiago Cedraz..
Na delação premiada que desencadeou a Operação E$quema S, Orlando Diniz contou que foi Sérgio Cabral quem recomendou a contratação de Tiago Cedraz, advogado e filho do ministro do TCU Aroldo Cedraz. O advogado seria “o vendedor dessa solução” no tribunal, segundo o ex-governador.
Diniz contou aos procuradores da Lava Jato que, em 2014, precisava suspender uma decisão do TCU que o havia afastado do comando do Sesc do Rio por causa de contratos irregulares. Cabral, então, segundo Orlando Diniz, “deixou claro que o colaborador [Diniz] precisaria comprar a solução no TCU e que o vendedor dessa solução era Tiago Cedraz”.
O advogado foi contratado por R$ 13 milhões para trabalhar em processos no TCU. Mas, segundo a denúncia da E$quema S, Cedraz nunca atuou formalmente numa causa na corte. Seu trabalho era “atuar nos bastidores” em favor de Orlando Diniz, embora seu contrato fosse com a Fecomércio-RJ, diz o MPF no Rio.
A contratação de Cedraz, segundo Diniz contou em sua delação, foi para “a diminuição da influência do grupo de Cristiano Zanin”, o advogado de Lula, “que vinha atuando no TCU até então”.
Leia o trecho da delação:
“QUE, na busca de alternativas, o colaborador tentou ainda uma reaproximação com Sérgio Cabral, em uma relação marcada, na maior parte do tempo, ou por um distanciamento, ou por um relacionamento protocolar, com episódios isolados de ajuda; QUE, nesse momento de reaproximação, Sergio Cabral indicou a contratação do advogado Tiago Cedraz; QUE Sergio Cabral disse que o referido advogado atuava no TCU contra o colaborador, a pedido de Pezão; QUE, segundo Sergio Cabral, havia política, lobby, no meio de toda a briga, o que o colaborador já sabia devido à toda movimentação de Carlos Gabas; QUE a contratação de Tiago Cedraz representava, ao ver do colaborador, uma diminuição da influência do grupo de Cristiano Zanin, que vinha atuando no TCU até então, por meio do escritório Spíndola Palmeira; QUE essa diminuição de influência de Cristiano Zanin era o que o colaborador vinha mesmo querendo; QUE, além disso, Sergio Cabral deixou claro que o colaborador precisaria comprar a solução no TCU e que o vendedor dessa solução era Tiago Cedraz;”
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