“Técnica, séria e isenta”, diz Dino sobre investigação de Bolsonaro
Durante entrevista coletiva em visita à Belo Horizonte, em Minas Gerais, nesta segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que as investigações que envolvem Jair Bolsonaro são executadas de forma técnica, séria, isenta e está sendo bem conduzida...
Durante entrevista coletiva, em visita à Belo Horizonte, em Minas Gerais, nesta segunda-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, disse que as investigações que envolvem Jair Bolsonaro são executadas de forma técnica, séria, isenta e estão sendo bem conduzidas.
A resposta foi dada a uma pergunta em que Dino foi questionado sobre o ex-presidente ser preso.
“Cabe a mim garantir ao povo brasileiro, especialmente à população de Minas Gerais, que a investigação é técnica, séria, isenta e está sendo bem conduzida. Bem conduzida no sentido de não haver interferência externa, nem no sentido de perseguições, nem no sentido de haver proteções“, respondeu Dino.
O ministro ainda esclareceu sobre uma possível apreensão do passaporte de Bolsonaro, “não antecipo investigação. O que posso falar é que legalmente é possível. Nesse momento ainda não houve esse pedido“, explicou o ministro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro enfrenta três investigações, a das joias recebidas por ele durante seu mandato, a dos atos de 8 de janeiro e sobre suposta fraude no seu cartão de vacinação.
Dino também disse que não existe pedido de prisão para o ex-presidente, “nós temos investigações em andamento em que ele é citado. A Polícia Federal não fez esse pedido até o momento. Não cabe a mim antecipar o que vai acontecer ao fim da investigação“.
Na semana passada, o advogado de Mauro Cid, Cesar Bitencourt, chegou a dizer que seu cliente ia assumir que recebeu ordens do ex-presidente para vender as joias, isso gerou uma desconfiança de que Bolsonaro poderia ser preso após confissão do seu ex-ajudante de ordens, mas no dia seguinte o ele recuou e disse em entrevista para a Globo News que a confissão de Cid trataria apenas do “problema do Rolex”
Em declaração para O Antagonista, também na semana passada, Bitencourt disse que o militar iria confessar também que trouxe o dinheiro reunido a partir da venda de forma ilegal para o Brasil e entregou o dinheiro em mãos ao ex-presidente da República.
“Não vou falar [que foi a pedido de Bolsonaro], isso está implícito. Assessor obedece ordens, assessor não tem autonomia para o que quiser. O que ele faz? Ele assessora. Segue o caminho do chefe. ‘Resolve esse problema’, ele vai resolver. ‘Faz isso’, e ele vai fazer. Qual o interesse ele teria em fazer isso [vender e comprar as joias]? Nenhum, né?”, disse Bitencourt, já explicando na ocasião que não vai acusar diretamente o ex-presidente da República.
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