Tebet entra na articulação política de Lula no Congresso
Ex-senadora, a ministra do Planejamento vai negociar com o Congresso o veto de Lula às emendas de comissão
Com a volta dos trabalhos do Legislativo a partir desta segunda-feira, 5, o presidente Lula (PT) pretende usar a influência da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), para reduzir as resistências ao governo. Ex-senadora, a emedebista tem bom trânsito tanto no Senado quanto entre lideranças da Câmara.
Como noticiamos, Lula decidiu manter Alexandre Padilha no ministério das Relações Institucionais, responsável pela articulação com o Congresso, mesmo diante das queixas entre os integrantes do Centrão. Entre os principais desafetos de Padilha está o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Mesmo com a entrega de ministérios para partidos como o PP e o Republicanos e com o loteamento de cargos na Caixa para integrantes do Centrão, o governo começa o ano com novos entraves na relação com a Câmara. Lira, por exemplo, esteve ausente no ato organizado por Lula no aniversário do 8 de janeiro e também não compareceu à posse de Ricardo Lewandowski na semana passada.
Para tentar amenizar o desgate, Lula pretende transferir parte das funções da pasta de Alexandre Padilha para o Ministério da Casa Civil, comandado por Rui Costa. Paralelamente, Tebet será a principal articuladora do Palácio do Planalto na discussão sobre o veto de Lula às emendas de comissão.
Ao sancionar o Orçamento de 2024, o petista vetou R$ 5,6 bilhões do montante destinado às emendas parlamentares. A medida ampliou o desgate do Executivo e líderes já negociam a derrubada do veto pelo Congresso Nacional.
Para evitar uma derrota, líderes governistas já admitem a negociação e a ministra Simone Tebet já apontou que o Planalto pode rever esse ponto.
“Como eu não sei os acordos do Congresso Nacional que foram feitos, aquilo que eles realmente fazem questão […], nós fizemos um primeiro, provisoriamente, um primeiro veto nas ações linhas de programação e podemos lá para fevereiro fazer qualquer alteração, como sempre fizemos no momento certo”, disse a ministra.
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