Tarcísio fala em “justiça terapêutica”, mas sugere câmeras e internação compulsória na Cracolândia
O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (foto), apresentou nesta terça-feira (24) o novo plano do governo estadual para o combate à Cracolândia - área de consumo aberto de drogas que degrada o centro de São Paulo há 30 anos...
O governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (foto), apresentou nesta terça-feira (24) o novo plano do governo estadual para o combate à Cracolândia – área de consumo aberto de drogas que degrada o centro de São Paulo há 30 anos.
O governador, que escalou seu vice, Felício Ramuth, para a questão, disse que a cidade e o estado podem vencer o problema, tal como Amsterdã, Nova York e Frankfurt venceram no passado. Ambos tiveram uma reunião com o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, membros do TJ paulista e do Ministério Público.
O plano, de acordo com o governador, envolve a atuação com a cidade de São Paulo para expandir o leque de ações a quem estiver na Cracolândia. Um hub para expandir as oportunidades aos usuários de drogas deve ser colocado em prática em breve. Cerca de 500 leitos em centros de tratamento, assim como a contratação de 200 especialistas, já estão nos planos.
Outra atuação é pela chamada “justiça terapêutica”, que poderia permitir a usuários que já cumprem algum tipo de pena – 3 de 5 possuem condenações – possam cumprir parte da pena em tratamento. Essa proposta, explicou o vice-governador Felício Ramuth, já existe em locais isolados da cidade e em outros estados, mad ainda depende de questões quanto à sua aplicação jurídica na Cracolândia.
O governador não desmentiu que a opção por internação compulsória de usuários esteja fora desse leque. “Há uma cesta de opções e a internação compulsória não pode ser descartada. É a última opção, mas não pode ser descartada”, afirmou.
Outro ramo de atuação deve ocorrer com a instalação de 500 câmeras de vigilância na região central. Fontes na prefeitura de São Paulo indicam que elas serão com reconhecimento facial, o que ajudaria a reconhecer usuários recorrentes e traficantes – o que esbarra na polêmica sobre o uso dos dados coletados.
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