Suspeitos ligados à milícia de Ronnie Lessa são presos no RJ
Segundo a polícia, os indivíduos são suspeitos no envolvimento com o comércio ilegal de armas e munição no Rio de Janeiro
A Polícia do Rio de Janeiro efetuou a prisão de pelo menos quatro pessoas, nesta sexta-feira, 1º, sob a acusação de envolvimento com o comércio ilegal de armas e munição. Um dos alvos já se encontrava detido. Os indivíduos são suspeitos de fazerem parte da milícia liderada por Ronnie Lessa (foto) e Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, ambos envolvidos no caso Marielle Franco. A investigação está sendo conduzida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
De acordo com informações do MPRJ, durante as primeiras horas da operação foram presos Paulo Sérgio Ladi Pereira, Roberto Pinheiro Mota, Uellington Aleixo Vitória Coutinho e Welington De Oliveira Rodrigues, conhecido como Manguaça.
Manguaça já se encontrava detido na Cadeia Pública Isap Tiago Teles de Castro Domingues, em São Gonçalo, na região metropolitana.
Segundo a investigação, Manguaça é apontado como um dos gerentes da central de TV a cabo clandestina de Suel e Lessa, os quais não fazem parte desta denúncia.
Mandados de prisão
No total, estão sendo cumpridos cinco mandados de prisão e oito mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 2ª Vara Criminal da Regional de Madureira. Os cinco alvos são acusados de integrar uma rede de tráfico de armas, inclusive de uso restrito, na região de Rocha Miranda, zona norte do Rio.
A operação contau com o apoio das Polícias Civil e Militar. Além de Rocha Miranda, as buscas foram realizadas nos bairros de Honório Gurgel, Colégio (ambos na zona norte) e Catumbi, na região central do Rio.
Essa ação do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), é um desdobramento da operação Jammer, realizada pelo MPRJ e pela Polícia Federal (PF) em agosto de 2023. A Operação Jammer visava combater a milícia liderada por Suel e Ronnie Lessa, que atuava clandestinamente nas áreas de telecomunicação, televisão e internet.
Caso Marielle
No dia 14 de março deste ano, o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completará seis anos. Com a entrada da Polícia Federal nas investigações em 2023, alguns avanços foram alcançados, como a delação premiada do ex-policial militar Élcio Queiroz, que dirigia o carro Cobalt utilizado no crime. Em julho do ano passado, agentes da PF envolvidos na investigação revelaram que Queiroz apontou Ronnie Lessa como autor dos disparos.
No mês passado, o ex-PM Lessa foi condenado por contrabando de peças e acessórios de armas de fogo e encontra-se preso. O ex-bombeiro Maxwell Simões Correia também está detido, sendo atribuída a ele a responsabilidade de entregar o Cobalt utilizado por Lessa para ser desmontado.
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