Suco de Rio: suspeito de assassinato, com cargo na Alerj, é preso
Cezar Daniel Mondego de Souza foi preso por envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, no centro do Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta terça-feira, 5, Cezar Daniel Mondego de Souza, funcionário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) suspeito de envolvimento no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo.
Outros dois suspeitos de terem participação no crime –o policial militar Leandro Machado da Silva e Eduardo Sobreira Moraes— continuam foragidos.
Cezar de Souza é assessor do Departamento de Patrimônio da Alerj desde 2019. Ao ser nomeado, ele recebia um salário de 6 mil reais, mas foi reenquadrado e passou a ganhar 2 mil reais em dezembro de 2023.
As investigações apontam que ele e Eduardo Sobreira Moreira foram responsáveis por monitorar a vítima nos dias que antecederam o crime.
O crime
O assassinato de Rodrigo Marinho Crespo aconteceu em 26 de fevereiro, no centro do Rio de Janeiro, em um local próximo às sedes do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
A vítima foi atingida por 18 disparos à queima-roupa em plena luz do dia.
Grupo de extermínio
Em entrevista coletiva na segunda-feira, 4, o delegado Felipe Cury, diretor da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirmou que os suspeitos integram um grupo de extermínio.
“Foi um crime com requinte de crueldade, à luz do dia. Foram 18 disparos à queima-roupa que revelam a assinatura de um determinado grupo criminoso que já vem sendo investigado. É um grupo perigoso, que atua mediante a pagamento de contratação independente de quem for a vítima”, disse Cury.
Suco de Rio de Janeiro
De acordo com as investigações, o policial militar Leandro Machado da Silva trabalha como segurança de Vinícius Pereira Drumond, vice-presidente da escola de samba Imperatriz Leopoldinense e filho de Luiz Pacheco Drumond, o Luizinho Drumond, falecido contraventor do jogo do bicho.
Ele também responde pela morte de Charles Augusto Ponciano, executado com 17 tiros durante um churrasco em 4 de dezembro de 2020, em Duque de Caxias. Segundo os investigadores, a munição usada no crime, de calibre 5,56, foi adquirida pela Polícia Militar do Rio de Janeiro em 2008. e desviada para o assassinato.
Ponciano foi eliminado após ter recebido a visita de um integrante de uma facção criminosa que disputa o controle de Duque de Caxias com a milícia.
Os atiradores que executaram Ponciano também assassinaram Edson Nascimento da Silva no mesmo dia, com 22 disparos. Dois estojos encontrados na cena do crime, de calibre 9mm, foram comprados pelo Exército em 2013.
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