A Polícia Federal (PF) acusa a ex-subsecretária de Inteligência do Distrito Federal, Marília Ferreira Alencar (foto), de ter tentado formatar seu aparelho celular antes de entregá-lo para perícia. Na representação formulada pela PF, a delegada federal, que era subordinada a Anderson Torres, é acusada de ter tentado modificar provas da investigação.

“Em se comprovando as informações acima, pode caracterizar a alteração do estado de coisa, qual seja o conteúdo do aparelho, visando a eximir-se de responsabilidade, o fato caracterizaria o crime de Abuso de Autoridade”, alega, em representação ao Supremo Tribunal Federal (STF), o delegado Raphael Soares Astini.

Atendendo à representação, o relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, decidiu por compartilhar os autos da investigação envolvendo Marília com a PF. Ela foi ouvida na semana passada pela CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do DF, onde disse que a inteligência não falhou durante a invasão às sedes da República.

A defesa da Delegada Federal Marília Alencar alega que a PF “tem ciência de que a delegada não formatou seu celular, pois fez perícia após a entrega voluntária do aparelho”. A defesa da delegada ainda alega que “foram preservadas conversas sobre os fatos investigados, as quais comprovam a atuação imediata e técnica no exercício das funções.”

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