O subprocurador Antonio Carlos Bigonha pediu desculpas ao ministros da Segunda Turma pelo teor de uma nota, publicada pela força-tarefa da Lava Jato na semana passada, com críticas à decisão que anulou a condenação de Aldemir Bendine.

“Não cabe aos procuradores de primeiro grau fazer juízo de valor sobre julgamentos deste STF, tarefa que, se fosse o caso, incumbiria exclusivamente à procuradora-geral da República. Assim como a PGR não interfere ou faz juízo de valor sobre o trabalho dos procuradores, sequer juízes onde oficiam, o que viola a independência funcional, a recíproca deve ser verdadeira”, afirmou o subprocurador.

Disse que não comunga das críticas dos procuradores.

“A decisão nos foi neste momento desfavorável, mas as medidas as processuais cabíveis perante este STF já foram adotadas para tentar revertê-la ou minimizar seus efeitos”.

“Conviver com a frustração é parte do processo de amadurecimento pessoal e profissional, concluiu.

Na nota, os procuradores calculavam que a decisão sobre Bendine poderia anular condenações de outros 143 réus na Lava Jato.

Decisão do STF pode beneficiar 143 condenados na Lava Jato