O Supremo voltará a discutir no próximo dia 21 as operações policiais no Rio de Janeiro. Na manhã de hoje, uma incursão da Polícia Civil no Jacarezinho deixou 25 mortos. O julgamento será realizado no plenário virtual, com apresentação dos votos por escrito.

O novo julgamento foi marcado por Edson Fachin, que, no ano passado, proibiu as operações, a não ser em casos excepcionais e devidamente justificados. A decisão foi posteriormente referendada pelo plenário, mas o PSB, autor da ação, quer mais esclarecimentos.

Recorreu para que a Corte defina de modo mais restrito o caráter excepcional que permite as operações, exige um plano da polícia para reduzir a letalidade, a suspensão do sigilo dos protocolos de atuação policial e a priorização das investigações sobre a morte de adolescentes.

A operação de hoje, que deixou 25 mortos, buscava investigar o aliciamento de menores e o sequestro de trens pelo Comando Vermelho.

O delegado Rodrigo Oliveira, que comandou a operação de hoje, criticou a decisão do STF.

“A gente foi de alguma forma impedido ou minimamente dificultada a atuação da polícia em algumas localidades. O resultado disso nada mais é do que o fortalecimento do tráfico”, disse. “O sangue do policial que faleceu hoje em prol da sociedade, de alguma forma está nas mãos dessas pessoas, ou dessas entidades, ou de quem quer que seja.”