Starbucks, Subway e Outback: razões diferentes, mas que podem ter o mesmo dono
Situações distintas têm levado estas empresas estampar as páginas de economia
Recentemente, alguns dos maiores nomes do setor de restaurantes no Brasil chamaram a atenção na mídia por motivos variados. Situações distintas têm levado estas empresas estampar as páginas de economia, com a possibilidade de mudança em seus quadros de proprietários. Este panorama abrange desde processos de recuperação judicial até a venda de operações lucrativas para compensar prejuízos internacionais.
O que está acontecendo com a Starbucks no Brasil?
A Starbucks, uma gigante mundial do café, enfrenta um momento delicado em território brasileiro. Em novembro do ano passado, a operadora SouthRock Capital, que também gerencia outras marcas internacionais como TGI Friday’s e Eataly, solicitou recuperação judicial devido a uma dívida que soma cerca de R$ 1,8 bilhão.
Entre os interessados na compra da operação da Starbucks no Brasil está a Zamp, controladora do Burger King no país, que já demonstrou interesse em adquirir e investir na rede de cafeterias. As empresas estão em fase de negociação, o que pode resultar na continuidade da presença da marca no Brasil.
Qual o impacto para a Subway com as mudanças na SouthRock?
Outro caso preocupante é o da rede Subway, que também estava sob a gestão da SouthRock no Brasil. Diferente da Starbucks, a marca Subway teve o contrato de franquia rescindido pela matriz americana em outubro de 2023, retomando o controle de suas operações no Brasil.
Apesar do processo de recuperação judicial envolver apenas parte do grupo SouthRock, e não impactar diretamente a Subway, a incerteza sobre a gestão futura e qualidade do serviço permanece, o que pode afetar as operações da marca conhecida mundialmente pelos seus sanduíches personalizados.
Como o Outback pode virar o jogo no Brasil?
O Outback, famoso por seus steaks e aperitivos, encontra-se em uma situação delicada nos Estados Unidos, com sua matriz, a Bloomin’ Brands, registrando um prejuízo substancial de US$ 83,8 milhões no primeiro trimestre de 2024. No entanto, o Brasil surge como uma luz no fim do túnel para a marca.
De acordo com informações recentes, a filial brasileira é a mais lucrativa fora dos Estados Unidos, o que coloca o Brasil como peça-chave para a recuperação financeira da empresa. Diante dos desafios, a Bloomin’ Brands considera vender a operação brasileira com a expectativa de reinvestir no mercado e potencializar o crescimento global.
Qual é o futuro dos restaurantes de casual dining?
Enquanto o Outback tenta reverter o prejuízo, o conceito de casual dining, que ocupa um espaço intermediário entre o fast-food e os restaurantes tradicionais, enfrenta desafios globais. Marcas como Applebee’s, Olive Garden e Red Lobster, que seguem esse modelo, têm perdido espaço nos Estados Unidos para restaurantes fast-casual e fast-food, que oferecem preços mais baixos e maior conveniência através de serviços como drive-thrus e entregas.
Segundo a Technomic, o segmento de casual dining caiu de 36% para 31% no total de vendas no setor alimentício americano de 2013 para 2023, indicando uma mudança no comportamento dos consumidores e possivelmente antecipando tendências que podem afetar o mercado brasileiro no futuro.
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