Solenidade de 8 de janeiro: diga-me com quem andas, Lula
Resta mais que evidente a ilegitimidade da “alma mais honesta desse país” como anfitriã de um evento em repulsa aos atos antidemocráticos
Está programado para amanhã, quarta-feira, 8 de janeiro, um evento do governo federal pelo segundo aniversário dos atos de vandalismo ocorridos nesta data, em 2023, quando manifestantes bolsonaristas promoveram a invasão, seguida de enorme quebra-quebra, das sedes dos três Poderes em Brasília.
Há uma citação antiga e mundialmente famosa, de Edmund Burke (1729-1797), que diz que “um povo que não conhece sua história está fadado a repeti-la”, abrasileirada como “o país que não conhece seu passado cometerá os mesmos erros no futuro” – ou algo mais ou menos assim.
Considero pra lá de importante a lembrança do infame 8 de janeiro de 2023, e julgo necessária a preservação de sua memória, o que é bem diferente, contudo, de celebrar ou comemorar a vitória da democracia, ou ainda, fazer pregação populista contra a ditadura ou as Forças Armadas.
Ficha corrida
Neste sentido, duas observações: parte dessas Forças Armadas, notadamente através dos comandantes da Aeronáutica e do Exército, foi a responsável pela frustração, ainda no nascedouro, do pretenso – e mambembe – golpe militar dos bolsonaristas, sob aquiescência do próprio “mito”.
Segundo: Lula não reúne os mínimos predicados morais necessários para defender ou falar em nome da democracia. Seu vasto histórico de apoio político e financeiro – e alinhamento ideológico – a ditadores e ditaduras mundo afora precede sua mais que discutível imagem de líder democrata.
Cansei de desfilar exemplos: Muammar Al Gaddafi (Líbia), Mahmud Ahmadinejad (Irã), Daniel Ortega (Nicarágua), irmãos Castro (Cuba), Hugo Chávez e Nicolás Maduro (Venezuela), entre outros, foram tratados como “companheiro”, “amigo”, “irmão”, e do lulopetismo receberam apoio e dinheiro.
Quem não te conhece que te compre
Ano passado, Lula enviou seu vice, Geraldo Alckmin, à posse do novo presidente do Irã, uma das mais crueis autocracias do mundo e financiadora de grupos terroristas como o Hamas, em Gaza, e o Hezbollah, no Líbano. Ao seu lado, dezenas de assassinos sanguinários, responsáveis por milhares de mortes.
Também ano passado, o chefão petista retirou o embaixador brasileiro de Israel, mas pretende enviar a embaixadora brasileira em Caracas, para representar o governo na posse do ditador Maduro, que fraudou mais uma eleição e se manteve ilegalmente no poder, sob as bênçãos da esquerda brasuca.
Resta mais que evidente, pois, a ilegitimidade da “alma mais honesta desse país” como anfitriã de um evento em repulsa a atos antidemocráticos, sendo a própria alguém a anos-luz de distância de bom exemplo. Aliás, poderia ter convidado Xi Jinping e Vladimir Putin, dois de seus maiores aliados atuais.
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