‘Síndrome do Lobisomem’ pode surgir em bebês após contato com minoxidil, alerta Anvisa
Uso inadequado do minoxidil pode trazer riscos inesperados, especialmente para bebês.
O minoxidil é amplamente reconhecido como um tratamento eficaz para a alopecia androgenética, uma condição que causa a perda gradual de cabelo em homens e mulheres, porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre o uso do medicamento.
Disponível em diversas formas, como comprimidos, gotas, spray e gel, o medicamento tem sido uma solução popular para aqueles que buscam combater a calvície. No entanto, o uso inadequado do minoxidil pode trazer riscos inesperados, especialmente para bebês.
O alerta da Anvisa chama a atenção para os perigos associados ao contato acidental de bebês com áreas do corpo onde o minoxidil foi aplicado.
Este contato pode resultar em hipertricose, uma condição caracterizada pelo crescimento anormal de pelos, também conhecida como ‘síndrome do lobisomem’.
Quais são os riscos do minoxidil para bebês segundo a Anvisa?
O principal risco do minoxidil para bebês é a hipertricose, que pode ocorrer quando a pele dos pequenos entra em contato com o medicamento aplicado em adultos.
Relatos de casos na Europa indicam que bebês expostos ao minoxidil apresentaram crescimento excessivo de pelos. Felizmente, o quadro tende a regredir espontaneamente após a interrupção do contato com o medicamento.
Além do crescimento anormal de pelos, a hipertricose pode ser acompanhada de outros sintomas, como dor abdominal, coceira, vômitos e fraqueza nos membros.
Esses sintomas podem variar de acordo com a extensão e a localização do crescimento dos pelos.

Como prevenir a exposição acidental ao minoxidil?
A Anvisa recomenda que os usuários do minoxidil tomem precauções para evitar a exposição acidental de bebês ao medicamento.
Entre as orientações, destaca-se a importância de lavar bem as mãos após a aplicação do produto e garantir que crianças não tenham contato com áreas do corpo onde o minoxidil foi aplicado.
Além disso, é crucial que os responsáveis estejam atentos às bulas dos produtos, que devem ser atualizadas para incluir informações sobre os riscos de hipertricose em bebês.
Profissionais de saúde também devem ser consultados para orientações adicionais sobre o uso seguro do medicamento.
O que é a ‘síndrome do lobisomem’?
A ‘síndrome do lobisomem’, ou hipertricose, é uma condição rara que resulta no crescimento excessivo de pelos em todo o corpo ou em áreas específicas.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH), a condição pode ser desencadeada por fatores genéticos, uso de certos medicamentos ou, em alguns casos, por doenças como o câncer.
Embora a hipertricose possa ser preocupante, é importante ressaltar que, em muitos casos, a condição é reversível, especialmente quando é causada por fatores externos, como o uso de medicamentos.
A interrupção do contato com o agente causador geralmente leva à regressão dos sintomas.

Quais são as orientações da Anvisa para o uso seguro do minoxidil?
A Anvisa enfatiza a necessidade de cautela ao utilizar o minoxidil, especialmente em lares com crianças pequenas. As recomendações incluem a lavagem cuidadosa das mãos após a aplicação do produto e a prevenção do contato de bebês com áreas tratadas.
Além disso, é fundamental que os usuários sigam as instruções do fabricante e consultem profissionais de saúde em caso de dúvidas.
Essas medidas visam garantir que o minoxidil continue sendo uma opção segura e eficaz para o tratamento da calvície, minimizando os riscos de efeitos colaterais indesejados em populações vulneráveis, como os bebês.
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