A defesa de Daniel Silveira (PSL-RJ) vai recorrer à Justiça para tentar anular um dos processos aos quais o deputado responde no Conselho de Ética da Câmara. A confirmação foi dada a O Antagonista pelo advogado do parlamentar, Leandro Mello Frota.

O deputado responde a três representações no conselho de ética. Uma apresentada pela bloco da minoria na Câmara, depois que Silveira afirmou que atiraria em manifestantes de esquerda caso os flagrasse agredindo alguma pessoa em protestos.

É esse caso, relatado pela professora Rosa Neide (PT-MT), que a defesa de Silveira quer anular. “Vamos buscar a anulação porque não é possível haver um relator do PT em uma representação que tem entre os signatários um deputado petista”, disse Frota.

Ontem, durante a oitiva de testemunhas nesse caso, o deputado Mário Heringer (PDT-MG) acusou a testemunha de defesa e o advogado de Silveira fazerem um “papel ridículo”.

“Mário Heringer não pode aceitar uma dobradinha que você fez, que está fazendo um papel ridículo. Você está fazendo cena. Tem que parar com isso, porque você não está na frente de idiotas. Você está levando o deputado Daniel para onde ele deve ir”, disse Heringer (assista ao momento da acusação no fim desta notícia).

O presidente do conselho, Paulo Azi (DEM-BA) ainda complementou: “Infelizmente, acho que o próprio representado deve se sentir desconfortável com esse tipo de posicionamento, porque isso não ajuda em nada sua defesa”.

PSL e STF

Há uma segunda representação contra Silveira, apresentada pelo PSL, que trata de uma suposta gravação ilegal feita por ele contra o delegado Waldir (PSL-GO). O parlamentar fluminense teria gravado o goiano falando em uma reunião do partido que teria uma gravação que poderia derrubar Jair Bolsonaro.

Já a terceira representação trata das ameaças do bolsonarista contra o STF. Nesse caso, Silveira disse em um vídeo que gostaria de agredir ministros da corte e chamou Alexandre de Moraes e “cabeça de ovo”.

Assista ao momento em que o deputado diz que a defesa de Silveira faz um “papel ridículo”: