Shogun: O labrador herói de Brumadinho e seu Legado pós-aposentadoria
O labrador Shogun, conhecido como o cão herói que auxiliou nas buscas de vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), tem uma nova rotina após a aposentadoria dos serviços do Corpo de Bombeiros da Paraíba...
Shogun, o cão herói dos Bombeiros da Paraíba premiado por serviços prestados em Brumadinho
O labrador Shogun, conhecido como o cão herói que auxiliou nas buscas de vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho (MG), tem uma nova rotina após a aposentadoria dos serviços do Corpo de Bombeiros da Paraíba. Agora, Shogun se divide entre as funções “informais” de recepcionista e terapeuta na clínica veterinária onde frequenta diariamente.
O trabalho de Shogun em Brumadinho
Treinado desde filhote para ser especialista na busca por cadáveres, Shogun nasceu em um canil da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Recife-PE. A mãe de Shogun trabalhava em buscas por drogas enquanto seu pai foi treinado para buscar armas de fogo e explosivos para a PRF.
Em janeiro de 2019, a barragem da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, em Brumadinho, rompeu, causando a morte de 272 pessoas. Militares de todo o Brasil foram enviados para a região para auxiliar nas buscas por pessoas, e Shogun foi um dos escolhidos para atuar no local.
A contribuição de Shogun na busca por corpos
O labrador foi para Brumadinho por três vezes, em cada ida ele trabalhou durante 15 dias na busca por vítimas. Ao todo, Shogun passou 45 dias no local. Confirmando seu treinamento e capacidades, Shogun conseguiu localizar 16 restos mortais, proporcionando um desfecho para várias famílias que aguardavam ansiosos por respostas.
“Eles tinha um limite de tempo e exposição ao rejeito [da barragem], e esse período foi respeitado. Ele não foi enviado mais vezes porque o período máximo já tinha chegado”, explicou o major Edson Ferraz, tutor e responsável de Shogun.
Adoção de Shogun e nova rotina
Após o trabalho em Brumadinho, Shogun voltou para a Paraíba e continuou atuando por mais três anos até se aposentar em 2022, com nove anos de idade. Após a aposentadoria, o major Edson Ferraz, que sempre foi o condutor de Shogun durante sua atuação, adotou o cão.
“Após os nove anos, foi aberto o processo para doação, então como eu fui o condutor do Shogun desde pequeno, eu tenho preferência na hora da adoção. A preferência era minha e eu o adotei”, conta Ferraz.
Atualmente, Shogun atua como recepcionista da clínica veterinária da esposa de Edson e também tem como parceira a cadela Fúria, que assim como ele, foi treinada para buscar pessoas desaparecidas.
Legado de Shogun
O major celebra o trabalho desempenhado por Shogun ao longo de sua carreira e a relação que construíram. “Minha relação com o Shogun sempre foi de muito companheirismo, amizade, é um cão muito fiel. Se não fosse ele, muitas coisas não teriam um desfecho. É importantíssimo o trabalho dele”, declara Ferraz, reconhecendo o legado deixado por Shogun e o impacto de seu trabalho na vida de muitas pessoas.
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