Servidora do TSE citada em depoimento do caso das rádios é esposa de ex-assessor de Moraes, diz TV
Citada em depoimento envolvendo caso de supostas irregularidades nas inserções de propaganda eleitoral em rádios no Nordeste e no Norte, a servidora do TSE Ludmila dos Santos Boldo Maluf é esposa de ex-chefe de gabinete do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes (foto)...
Citada em depoimento envolvendo caso de supostas irregularidades nas inserções de propaganda eleitoral em rádios no Nordeste e no Norte, a servidora do TSE Ludmila dos Santos Boldo Maluf é esposa de ex-chefe de gabinete do presidente do TSE, o ministro Alexandre de Moraes (foto).
A informação é da CNN Brasil, publicada nesta quarta-feira (26).
Segundo a emissora, Ludmila é casada com Paulo José Leonesi Maluf desde outubro de 2018. Ele foi assessor especial de Moraes no Ministério da Justiça, em 2017, e no STF, até 2019.
Em 2020, ele ocupou a função de chefe de gabinete do ministro, na corte.
Ludmila, por sua vez, é servidora concursada do TJ-SP e está cedida ao TSE desde agosto.
Desde agosto, Ludmila foi cedida ao TSE pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, onde é servidora concursada.
O casal não respondeu a pedido da CNN para comentar a matéria.
Caso das rádios
Ludmila foi citada no depoimento do servidor exonerado do TSE Alexandre Gomes Machado à PF nesta quarta.
Machado exercia a função de Coordenador do Pool de Emissoras, sendo o responsável pelo recebimento dos arquivos com as peças publicitárias e sua disponibilização no sistema eletrônico do TSE, para que sejam baixadas pelas emissoras de rádio e TV.
O tribunal disse que exonerou Machado por assédio moral e que abriu investigação, após afirmar a O Antagonista que o motivo era “em virtude do período eleitoral” e que “a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe”
Na noite de terça-feira (25), a campanha bolsonarista entregou ao TSE petição em que detalha os documentos usados para sustentar a denúncia de que rádios, especialmente no Nordeste, deixaram de veicular mais de 150 mil inserções de propaganda eleitoral do presidente.
Moraes negou o pedido na noite desta quarta. Segundo o presidente do TSE, a coligação “Pelo Bem do Brasil” não conseguiu provar que houve irregularidades na distribuição das propagandas de rádio.
O presidente do TSE também ressaltou que a responsabilidade de fiscalização sobre eventuais problemas na exibição dos programas eleitorais cabe às campanhas eleitorais, não ao Tribunal.
Outro argumento do magistrado é que o material auditado pela campanha de Jair Bolsonaro foi o das plataformas de streaming, cuja programação não necessariamente é igual à da transmissão convencional.
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