Servidor que atuava em esquema de propina do MEC perde cargo
A Controladoria-Geral da União destituiu o servidor Luciano de Freitas Musse, que ocupava o cargo de gerente de projetos do Ministério da Educação (MEC). Ele é acusado de participar...
A Controladoria-Geral da União destituiu o servidor Luciano de Freitas Musse, que ocupava o cargo de gerente de projetos do Ministério da Educação (MEC). Ele é acusado de participar de um esquema envolvendo os pastores evangélicos, Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correia, para liberação de recursos a prefeituras mediante pagamento de propina.
O Processo Administrativo Disciplinar (PAD) da CGU apontou que Luciano teria recebido 20 mil reais por indicação de um dos pastores.
Gilmar Silva e Arilton Moura assessoravam o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, durante a gestão Jair Bolsonaro. Apesar de não serem servidores eles intermediavam as reuniões do ministro com chefes de executivos municipais.
Luciano também ficou impedido de ser indicado, nomeado ou tomar posse em cargos efetivos e em comissão ou funções de confiança no Poder Executivo federal.
Bolsão do MEC
Os pastores envolvidos no “bolsolão do MEC”, Gilmar Santos e Arilton Moura, atuavam juntos na cobrança de contrapartida para intermediar a liberação de verbas para escolas. O prefeito de Bonfinópolis (GO), Professor Kelton Pinheiro (Cidadania), afirmou ao Estadão que a abordagem era feita no horário de almoço.
Depois de levar os prefeitos a reuniões no Ministério da Educação, Arilton chegava a oferecer desconto na propina que cobrava durante conversa informal.
O prefeito de Bonfinópolis relatou ao jornal que o pastor ofereceu um redução de 50% no valor da propina. Ele também afirmou que a proposta de Moura foi apresentada durante um almoço em um restaurante em Brasília, e que teve o aval do pastor Gilmar Santos, líder da igreja Cristo para Todos.
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