Governistas pressionam Congresso por impeachment de ministros do STF
A bancada governista no Senado foi acionada pela Casa Civil para pressionar o Congresso na tentativa de acelerar a tramitação de pedidos de impeachment de ministros do STF, diz o Estadão...
A bancada governista no Senado foi acionada pela Casa Civil para pressionar o Congresso na tentativa de acelerar a tramitação de pedidos de impeachment de ministros do STF, diz o Estadão.
Diante da polêmica em torno do deputado Daniel Silveira (PTB), que recebeu indulto de Jair Bolsonaro (PL), senadores aliados do Planalto defendem que o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), coloque em votação projeto que estabelece prazo de 15 dias para que um pedido de impeachment seja avaliado pela cúpula do Senado. Como mostramos, Pacheco chamou o indulto concedido por Bolsonaro a Silveira de “precedente inusitado” e defendeu o aprimoramento do benefício para que não se “promova a impunidade”.
Hoje, há 27 pedidos de impeachment de ministros do Supremo sem análise na Casa, sendo 12 deles contra Alexandre de Moraes. No ano passado, o presidente do Senado rejeitou um pedido protocolado pelo presidente da República contra Moraes.
O senador Lasier Martins (Podemos) lidera o movimento de pressão a Pacheco. Segundo ele, pelo menos 20 senadores apoiam o projeto. Integrantes do Centrão têm acompanhado a movimentação sem se opor à iniciativa. Alvo de investigações conduzidas pelo STF ainda na época da Lava Jato, eles têm evitado se expor diretamente.
Em outra frente, um grupo que inclui Renan Calheiros (MDB) e a pré-candidata à Presidência Simone Tebet (MDB) age para proteger o STF das investidas de Bolsonaro.
Há também uma movimentação da bancada bolsonarista na Câmara. Um projeto de autoria do deputado Paulo Eduardo Martins (PL) inclui na lista de possíveis crimes de responsabilidade dos ministros manifestar opinião sobre processo pendente de julgamento ou sobre atividades dos outros Poderes.
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