Senador condenado usa ‘cotão’ para comprar espaço na imprensa local
Como noticiamos mais cedo aqui, o senador condenado Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, que cumpre pena em regime aberto, gastou 250,7 mil reais da cota parlamentar em 2019. O chamado cotão é dinheiro público que pode ser usado pelos congressistas para quase tudo o que você imaginar. Desse montante, R$ 84.562,50 foram somente para despesas de "divulgação da atividade parlamentar"...
Como noticiamos mais cedo aqui, o senador condenado Acir Gurgacz, do PDT de Rondônia, que cumpre pena em regime aberto, gastou 250,7 mil reais da cota parlamentar em 2019.
O chamado cotão é dinheiro público que pode ser usado pelos congressistas para quase tudo o que você imaginar.
Desse montante, R$ 84.562,50 foram somente para despesas de “divulgação da atividade parlamentar”.
O Antagonista localizou no Portal da Transparência do Senado 69 pagamentos feitos pelo senador — e devidamente ressarcidos com nosso dinheiro — para sites como “Informa na Hora”, “Tudo Rondônia” e “Rondônia Ao Vivo”. Os valores variam de R$ 500 a R$ 3,5 mil.
Às vésperas do Natal do ano passado, o site “Tudo Rondônia”, que se define como “jornal eletrônico independente”, publicou em formato de notícia uma mensagem de fim de ano do parlamentar (veja abaixo).
No site “Rondônia Ao Vivo”, é possível ler textos com títulos como “Senador Acir Gurgacz destina recursos para prevenção e tratamento do câncer” e “Acir é recebido com emoção e entusiasmo em Ji-Paraná”.
Em nenhum desses textos, assinados como “Da Assessoria”, consta a informação de que o senador é um condenado a 4 anos e 6 meses de prisão por desvio de finalidade na aplicação de empréstimo de banco público.
Em outubro de 2018, o senador pedetista foi preso por determinação da Primeira Turma do STF, mas rapidinho conseguiu autorização para exercer o mandato durante o dia e dormir no presídio da Papuda, em Brasília, à noite. Em maio do ano passado, passou a cumprir a pena em casa e a circular pelo Senado mais à vontade — o período coincide com o aumento de gastos com “divulgação da atividade parlamentar”.
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