Sem X, candidatos triplicam gastos no Facebook
Guilherme Boulos (PSOL) foi o candidato que mais investiu no impulsionamento de conteúdo na rede social
Sem poder utilizar o X no primeiro turno das eleições municipais, os candidatos a prefeito e vereador em 2024 gastaram pelo menos 3,5 vezes mais no Facebook do que no pleito de 2020.
Segundo O Globo, as campanhas empregaram pelo menos 123,3 milhões de reais no impulsionamento de anúncios nesta eleição. Há quatro anos, o valor gasto com a plataforma foi de 35,5 milhões de reais.
Com a prestação de contas dos candidatos que disputaram o segundo turno, o valor pago ao Facebook deve aumentar nas próximas semanas.
Quem foi o candidato que mais gastou com o Facebook?
Guilherme Boulos (PSOL) foi o candidato que mais investiu no impulsionamento de conteúdo na rede social. Apoiado por Lula e pelo PT, o psolista gastou pelo menos 8,8 milhões de reais na plataforma.
Na sequência, vêm José Sarto (PDT), com 4,9 milhões de reais; Evandro Leitão (PT), 4,3 milhões de reais; e Pablo Marçal (PRTB), 2,7 milhões de reais.
Reeleito para a Prefeitura de São Paulo, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) foi o quinto candidato que mais comprou impulsionamentos no Facebook, gastando 1,7 milhão de reais.
Moraes só liberou o X no Brasil após o primeiro turno
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou em 8 de outubro a rede social X a voltar ao ar no Brasil.
O despacho ocorreu um dia após a Caixa Econômica Federal transferir à conta correta no Banco do Brasil o depósito de R$ 28,6 milhões de pagamentos de multas do X.
A empresa responsável pela plataforma havia depositado errado no início de outubro.
O X foi bloqueado em 30 de agosto por descumprir decisões do ministro Alexandre Moraes sobre suspensão de contas de seis indivíduos, dentre eles o senador Marcos do Val (Podemos-ES), e pela recusa a nomear um representante legal no Brasil.
Como previsto no Papo Antagonista, foi só passar o primeiro turno da eleição que Moraes liberou o X. Pediu até manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) nos dias anteriores, o que só faz quando precisa enrolar e ganhar tempo, como também mostrou Crusoé.
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