Sem Moro, Podemos teme desaparecer
Com a saída de Sergio Moro, que ontem anunciou filiação à União Brasil, o Podemos voltou a considerar a possibilidade de formar federação. A informação foi confirmada a O Antagonista por três parlamentares da sigla que pediram reserva. O prazo para a formação de federações partidárias se encerrará em 31 de maio -- esse prazo foi alargado pelo STF, em julgamento no início de fevereiro...
Com a saída de Sergio Moro, que ontem anunciou filiação à União Brasil, o Podemos voltou a considerar a possibilidade de formar federação. A informação foi confirmada a O Antagonista por três parlamentares da sigla que pediram reserva.
O prazo para a formação de federações partidárias se encerrará em 31 de maio — esse prazo foi alargado pelo STF, em julgamento no início de fevereiro.
A deputada Renata Abreu, presidente do Podemos, teria, inclusive, solicitado à Consultoria Legislativa da Câmara uma nota técnica com uma análise, entre outros temas, sobre vantagens e desvantagens de formar federação. Ela nega a informação, confirmada, também em reservado, por um técnico da Casa.
“Eu só faria federação com o Moro aqui, em razão do tempo de TV. Sem ele, não temos interesse em federar. Inclusive, quase nenhum candidato veio em razão do Moro”, disse Renata, que projeta a eleição de algo em torno de 30 deputados em outubro.
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Em reuniões fechadas nos últimos meses, integrantes do Podemos já vinham discutindo a possibilidade de federação. O Antagonista apurou que se cogitou conversas, por exemplo, com o Cidadania, que acabou se aliando ao PSDB, e com o PSC, que apoiará a reeleição de Jair Bolsonaro.
Segundo os parlamentares ouvidos em reservado, Renata Abreu demonstrava resistência à ideia de federação, mas, com a candidatura presidencial de Moro não deslanchando no partido, a dirigente teria se tornado mais flexível em relação ao assunto, o que ela também nega.
Pela lei que instituiu as federações partidárias, aprovada no Congresso no ano passado, dois ou mais partidos podem se unir em uma aliança semelhante à das coligações, mas que dura por toda uma legislatura, e não apenas para uma única eleição.
Boa parte dos partidos que negociam federação pretende, com essas alianças, alcançar a cláusula de barreira para sobreviver. Neste ano, para superar a cláusula, partidos ou federações terão de alcançar pelo menos 2% dos votos válidos ou eleger, no mínimo, 11 deputados federais em 9 estados diferentes.
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