O Projeto de Lei 4292/24, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, propõe a criação de um selo denominado “Pessoa com Autismo a Bordo”. Este selo tem como objetivo identificar veículos que transportam pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), promovendo a conscientização e orientando sobre como agir em situações de crise ou risco envolvendo essas pessoas.

A proposta, de autoria da deputada Ana Paula Lima (PT-SC), busca atender a uma demanda crescente de pais e responsáveis por pessoas com TEA. A deputada destaca os desafios de interação social e comunicação enfrentados por essas pessoas, que podem ser intensificados durante deslocamentos, especialmente em situações de emergência no trânsito.

Qual é a importância do selo “Pessoa com Autismo a Bordo”?

O selo proposto visa não apenas a proteção dos ocupantes do veículo, mas também a promoção de uma cultura de respeito e cuidado no trânsito. A identificação clara e padronizada dos veículos que transportam pessoas com TEA pode facilitar a abordagem por terceiros em situações de emergência, garantindo que as necessidades específicas dessas pessoas sejam atendidas de forma adequada.

Além disso, a iniciativa já começa a ser implementada em alguns estados, sinalizando uma tendência de maior conscientização e inclusão no trânsito. O selo será facultativo, mas espera-se que sua adoção seja amplamente incentivada por meio de campanhas de conscientização.

Como será feito o cadastro para obtenção do selo?

De acordo com o projeto, pessoas com TEA ou seus responsáveis legais poderão solicitar o selo através de um cadastro junto ao órgão de trânsito competente. Este cadastro deverá seguir um padrão nacional, garantindo a uniformidade e fácil identificação dos veículos em todo o país.

O governo federal, em parceria com associações de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e autismo, será responsável por promover campanhas educativas sobre a importância da identificação e do cuidado adequado às pessoas com autismo no trânsito.

Quais os próximos passos para a aprovação do projeto?

O projeto de lei será analisado em caráter conclusivo pelas comissões de Viação e Transportes, de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados. Para que a proposta se torne lei, é necessário que ela seja aprovada tanto pelos deputados quanto pelos senadores.

O debate em torno deste projeto reflete uma crescente preocupação com a inclusão e a segurança de pessoas com TEA, buscando garantir que suas necessidades sejam reconhecidas e respeitadas em todos os aspectos da vida social, incluindo o trânsito.