Seleção para boi dormir
Quando Mário Spinelli foi nomeado ouvidor geral da Petrobras, em novembro de 2015, na gestão de Aldemir Bendini, a estatal divulgou nota afirmando que ele havia sido selecionado pela Korn Ferry, empresa especializada em contratação de executivos (leia mais)...
Quando Mário Spinelli foi nomeado ouvidor geral da Petrobras, em novembro de 2015, na gestão de Aldemir Bendini, a estatal divulgou nota afirmando que ele havia sido selecionado pela Korn Ferry, empresa especializada em contratação de executivos (leia mais).
“O Conselho de Administração escolheu o novo Ouvidor Geral com base em lista de profissionais pré-selecionados pela empresa Korn Ferry, especializada na seleção de executivos. Os nomes foram analisados pelo Comitê de Auditoria e pelo Comitê de Remuneração e Sucessão, que fizeram recomendação ao Conselho de Administração.
O processo de seleção do novo Ouvidor Geral da Petrobras faz parte do conjunto de ações que a Companhia está adotando com o objetivo de aprimorar e fortalecer sua governança.”
O comunicado também exibiu o currículo de Spinelli, de alto nível, aliás:
“Engenheiro Civil, Matemático, Mestre em Administração Pública e doutorando em Administração Pública e Governo na Fundação Getúlio Vargas (FGV), Mário Vinicius Claussen Spinelli, servidor público da Controladoria Geral da União (CGU), vinha exercendo a função de controlador-geral do Estado de Minas Gerais. Atuou em diversas funções na CGU, inclusive como Secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas. Também foi Conselheiro do Coaf. Já foi controlador-geral do município de São Paulo, quando foi responsável pela reestruturação da Ouvidoria Geral do município. É professor universitário e desenvolveu, na FGV, duas pesquisas acadêmicas sobre o papel das ouvidorias.“
O Antagonista pergunta: por que a Petrobras, envolvida em um dos maiores escândalos de corrupção da história mundial, não procurou um ouvidor sem padrinhos políticos? Um profissional anônimo e eficiente, como é a maioria dos trabalhadores? Evitaria dúvidas a respeito da isenção do profissional. Também deixaria os funcionários mais seguros para procurar a ouvidoria da empresa.
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