Secretários de Segurança pedem a Toffoli que revise soltura de presos perigosos em meio à pandemia
O Antagonista teve acesso a um ofício enviado ontem a Dias Toffoli por Cristiano Barbosa Sampaio, secretário de Segurança do Tocantins e presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública...
O Antagonista teve acesso a um ofício enviado ontem a Dias Toffoli por Cristiano Barbosa Sampaio, secretário de Segurança do Tocantins e presidente do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública.
No documento — confira aqui a íntegra –, Sampaio é mais um a demonstrar preocupação com a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em vigor que determina a diminuição do fluxo de ingresso no sistema prisional no momento atual.
O presidente do conselho pede o mínimo: que cada caso seja analisado individualmente, “observando notadamente os fundamentos que levaram à decretação de suas prisões e os riscos efetivos à saúde nas unidades prisionais onde se encontrem, promovendo assim o equilíbrio entre os valores constitucionais da segurança, liberdade, saúde e vida de todos os brasileiros”.
Eis um trecho do ofício:
“As consequências da liberação de tantas pessoas que se encontravam presas em razão de crimes que lhes são imputados certamente serão registradas nas estatísticas criminais vindouras, as mesmas estatísticas que revelam a sensação de insegurança da sociedade e o grande número de reincidências em casos de crimes contra o patrimônio, de tráfico de entorpecentes, contra a administração, dentre tantos outros, muitas vezes praticados sem violência, mas que possuem graves efeitos contra a sociedade.”
Sampaio chama a atenção para o fato de que há, até agora, 4.938 casos de policiais suspeitos de contaminação pela Covid-19 e 5.033 casos de afastamentos preventivos.
“A situação atual das forças de segurança também precisa ser registrada nesse momento de pandemia.”
Ontem, noticiamos aqui que Toffoli ainda não respondeu um ofício enviado no último dia 8 por Sergio Moro, em que o ministro da Justiça e da Segurança Pública alerta para a possibilidade de soltura de presos perigosos durante a pandemia.
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