Se o Congresso quiser mostrar serviço, que afaste Bolsonaro
Deputados e senadores sabem que se tornaram cúmplices da maior tragédia sanitária do Brasil, ainda em curso. Sentiram, principalmente a partir da semana passada, o peso das cobranças por uma reação mais energética em relação ao governo Bolsonaro...
Deputados e senadores sabem que se tornaram cúmplices da maior tragédia sanitária do Brasil, ainda em curso.
Sentiram, principalmente a partir da semana passada, o peso das cobranças por uma reação mais energética em relação ao governo Bolsonaro.
No Senado, agora há uma movimentação para chamar atenção do mundo — como se o desastre diário já não amedrontasse e revoltasse todos os países. Na Câmara, após a rasteira que líderes do Centrão levaram do presidente na sucessão — ainda não concretizada — de Eduardo Pazuello, deputados correm para tentar se distanciar da crise.
Evair de Melo (PP), um dos vice-líderes do governo, coordena um “comitê de crise” criado em abril de 2020. Ele jura que o grupo já apresentou resultados concretos, como “reuniões estratégicas, interfaces com especialistas e soluções nacionais e regionalizadas”.
Nesta quarta-feira (24), como registramos em A Semana em 5 Pontos, Jair Bolsonaro, em tese, vai liderar uma reunião com outros Poderes sobre o momento mais dramático da pandemia até aqui.
Para além de moções, grupos de trabalho e o que mais o Parlamento quiser criar, a vacina contra a Covid é o impeachment de Bolsonaro. Ou, no mínimo, a formação de um gabinete de guerra que, na prática, retire os poderes do presidente da República na luta contra o vírus. Fora disso, é perfumaria.
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