Sargento diz à PF que foi buscar joias por ordem de ex-ajudante de Bolsonaro
O sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva afirmou em depoimento à Polícia Federal que foi ao aeroporto de Guarulhos em dezembro do ano passado...
O sargento da Marinha Jairo Moreira da Silva afirmou em depoimento à Polícia Federal que foi ao aeroporto de Guarulhos em dezembro do ano passado tentar retirar as joias retidas na alfândega entregues pelo governo Arábia Saudita ao então presidente Jair Bolsonaro, publica o G1.
Segundo o militar, a ordem teria partido do tenente Cleiton Henrique Holszuchuk, assessor do tenente-coronel Mauro Cid. Homem de confiança de Bolsonaro, Mauro Cid era ajudante de ordens do então presidente.
Jairo foi ouvido pela PF na sexta-feira (31) na condição de testemunha. Ele é o sargento da Marinha que aparece em vídeo cobrando de um agente da Receita a devolução das joias em 29 de dezembro.
Durante o depoimento, segundo o G1, o sargento disse que, em 28 de dezembro de 2022, foi informado pelo tenente Cleiton que iria no dia seguinte ao aeroporto de Guarulhos “pegar alguns presentes que estavam retidos na alfândega”. Os itens, disse, deveriam ser levados para Brasília e registrados.
“Chegando lá, foi diretamente para a alfândega da Receita Federal no aeroporto. Ao ser atendido, foi informado que os bens não estavam disponíveis para retirada, pois faltava um documento”, afirmou.
Reportagens do Estadão revelaram, até o momento, que comitiva liderada pelo então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, recebeu três pacotes de joias do regime da Arábia Saudita em outubro de 2021.
Elas entraram ilegalmente no Brasil visto que não foram declaradas na alfândega do Aeroporto Internacional de Guarulhos, onde desembarcou a comitiva.
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