Ruy Goiaba na Crusoé: O torcedor é, por definição, um doente
Em sua coluna na Crusoé que foi ao ar hoje, antes da eliminação do Brasil pela Croácia, Ruy Goiaba (foto) comenta o comportamento típico de um torcedor de futebol, "oscilando violentamente dos píncaros da glória (...) às profundezas do desespero"...
Em sua coluna na Crusoé que foi ao ar hoje, antes da eliminação do Brasil pela Croácia, Ruy Goiaba (foto) comenta o comportamento típico de um torcedor de futebol, “oscilando violentamente dos píncaros da glória (…) às profundezas do desespero”.
“É difícil imaginar uma expressão mais redundante do que ‘torcedor doente’ de futebol. Adoro, por exemplo, quando alguém escreve que alguma coisa é ‘prioridade zero’ — o que pressupõe a existência das prioridades um, dois, três, 15, 98-B — ou quando alguém diz, com aquela expressão de admiração, que Fulano morou em ‘oito países diferentes’: eu ficaria muito mais admirado se ele tivesse morado em oito países iguais. Mesmo assim, “torcedor doente” deve ser o caso mais pleonástico. TODO torcedor de futebol é doente (…).
A bipolaridade futebolística é fato constatável por qualquer pessoa que conheça a relação de amor e ódio (…) que os torcedores mais fiéis têm com os seus times. Com as seleções nacionais, uma vez que a Copa engrena, é a mesma coisa. Ganhamos da Sérvia com os gols do Richarlison? Timaço, franco favorito, ninguém segura, temos ótimas opções de banco. Perdemos para Camarões com o time reserva? Péssimo jogo, a estratégia do Tite é um horror, não temos banco, nunca vencemos Copa perdendo jogo na fase de grupos. Fizemos quatro gols na Coreia do Sul só no primeiro tempo? Timaço, ninguém segura etc. E assim sucessivamente, até a eliminação (‘eu falei que esse time aí não presta’) ou a vitória (‘eu disse que ninguém segurava!’).”
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