Ruy Goiaba na Crusoé: “As aventuras de Sua Lulidade e o Supremo Tribunal da Farofa”
Em sua coluna semanal na Crusoé, Ruy Goaiba destaca nessa edição o entretenimento de massa que o Suprem Tribunal Federal (STF) vem nos proporcionando e destaca a decisão do ministro Dias Toffoli em anulas todas as provas obtidas na Lava Jato a partir do acordo de leniência firmado pela Odebrecht...
Em sua coluna semanal na Crusoé, Ruy Goiaba destaca nessa edição o entretenimento de massa que o Supremo Tribunal Federal (STF) vem nos proporcionando e destaca a decisão do ministro Dias Toffoli em anulas todas as provas obtidas na Lava Jato a partir do acordo de leniência firmado pela Odebrecht.
Quem precisa de futebol, novela ou outros tipos de entretenimento de massa diante de todas as emoções que o STF, Supremo Tribunal da Farofa, nos propicia? Nenhuma obra de ficção oferece tantos plot twists quanto o tribunal que descondena Lula, conduz o inquérito Rexona® das fake news (“sempre cabe mais um”) e decide que a coisa julgada pode ser desjulgada e tudo bem, o Universo é essa coisa que flui mesmo. Ainda agorinha o ministro Dias Toffoli, aquele que em 2018 assegurava que a prisão de Sua Lulidade e o impeachment de Dilma Rousseff haviam respeitado a Constituição, chamou a mesma prisão do mesmíssimo Lula de “um dos maiores erros judiciários da história”. Demora uns cinco anos, mas tudo que é sólido desmancha no ar.
Outra coisa: vocês lembram que, para soltar Lula, o STF argumentou que a Lava Jato não tinha conseguido provar a conexão entre os crimes investigados e o então ex-presidente, apesar do PowerPoint caprichado de Deltan Dallagnol? Aquele esquema criminoso de “corrupção sistêmica” envolvendo a Petrobras, com o Deus-Sol no centro: nada estava provado. De repente, esse negócio de conexão virou frescura: ninguém sabe o que o inquérito das fake news tem a ver com o caso das joias de Jair Bolsonaro, e tudo bem também. O importante é ficar tudo na mão do Xandão — que, aliás, parece ter revisto suas opiniões sobre o princípio do “juiz natural”: o impedimento de que um magistrado escolha o que julgar era “uma das mais importantes garantias da democracia”, escreveu o antigo Alexandre de Moraes. É importante, mas, se quiser, pode ignorar também: o Bananão é isso aí, tem lei que pega e lei que não pega, nada acontece, feijoada.
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