Ruy Goiaba: ‘Muita cachaça e pouca oração’ na bandeira do Brasil já
Em sua coluna para a Crusoé desta semana, Ruy Goiaba defende que o Brasil assuma como lema de sua bandeira, no lugar do "ordem e progresso", a definição do país segundo o papa Francisco, "muita cachaça e pouca oração"...
Em sua coluna para a Crusoé desta semana, Ruy Goiaba defende que o Brasil assuma como lema de sua bandeira, no lugar do “ordem e progresso”, a definição do país segundo o papa Francisco, “muita cachaça e pouca oração”.
“Sejamos francos: bandeira com coisa escrita é um negócio feito pra não dar certo (…). E como o brasileiro gosta de pôr palavrinha em bandeira! (…). Mas nem todas as palavras são bem-vindas: é sabido que, ao definir os dizeres do lindo pendão da esperança, os milicos fundadores da República amputaram o lema positivista de Auguste Comte (‘o amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim’), talvez por achar que isso de ‘amor’ era bichice francesa.
Até hoje, a verde-e-amarela é testemunho do gosto que os brasileiros têm por importar coisas que ou não funcionam ou passaram de moda em outros países, mas seguem firmes e fortes por aqui: positivismo, espiritismo kardecista, homeopatia, cloroquina. Por sua vez, cachaça e oração — que existem em tudo quanto é canto — já seriam um passo na direção do universal. Minha preocupação é com o que chamo de psicologia reversa da bandeira: se colocar ‘ordem e progresso’ nela deu os resultados desastrosos que deu, ‘muita cachaça e pouca oração’ vai fazer de nós a nação mais abstêmia e carola do mundo. Até eu, que bebo pouco, não suportaria isso sem hectolitros de cachaça.”
LEIA AQUI a íntegra da coluna; assine a Crusoé e apoie o jornalismo e o humorismo independentes.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)