RS não é prioridade de Lula, diz presidente do PSDB
“População espera que Lula aja como presidente de todos os brasileiros e não apenas dos seus aliados”, diz Marconi Perillo
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, criticou a demora de Lula para visitar o Rio Grande do Sul, assolado por chuvas fortes desde o final de abril.
O petista visitou o estado apenas nesta sexta-feira, 3 de maio, dois dias após o ato de Primeiro de Maio, no qual Lula pediu voto no deputado Guilherme Boulos (PSOL) para as eleições municipais de São Paulo deste ano.
“O presidente Lula chegou, mais uma vez, com atraso ao Rio Grande do Sul. Mesmo no auge da tragédia que já contabilizava inúmeras vítimas desde o início da semana, o presidente preferiu priorizar seus interesses partidários, participando de um comício para o seu candidato à Prefeitura de São Paulo financiado com dinheiro público e pelo qual já responde à justiça”, diz Peroni na nota.
“Sobrevoos, fotos de divulgação tiradas por seu fotógrafo particular e declarações à imprensa não diminuirão o sofrimento pelo qual passam milhares de gaúchos”, acrescentou.
O presidente nacional do PSDB ainda afirmou: “O que a população gaúcha e brasileira esperam do presidente da República é que ele aja como presidente de todos os brasileiros e não apenas dos seus aliados”.
Número de mortes sobe para 31
Subiu para 31 o número de mortos no Rio Grande do Sul devido às fortes chuvas que atingem o estado. De acordo com boletim divulgado nesta sexta-feira, 3, pela Defesa Civil do estado, são 74 desaparecidos e 56 feridos em 235 municípios afetados.
O estado contabiliza 351.639 afetados pelas chuvas, 17.087 desalojados e 7.165 pessoas em abrigos.
As mortes foram registradas em Canela (2), Candelária (1), Caxias do Sul (1), Bento Gonçalves (1), Boa Vista do Sul (2), Paverama (2), Pantano Grande (1), Putinga (1), Gramado (4), Itaara (1), Encantado (1), Salvador do Sul (2), Serafina Corrêa (2), Segredo (1), Santa Maria (2), Santa Cruz do Sul (2), São João do Polêsine (1), Silveira Martins (1), Vera Cruz (1) e Taquara (2).
Estado de calamidade
O governo do Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública por 180 dias devido às fortes chuvas que vêm desde os últimos dias de abril.
Segundo a deliberação, publicada em edição extra do Diário Oficial na noite da quarta, 1º de maio, os órgãos públicos do estado, em coordenação com a Defesa Civil, devem prestar apoio imediato aos mais de 100 municípios atingidos.
Barragem se rompe
A barragem 14 de Julho se rompeu parcialmente nesta quinta-feira, 2, em função das fortes chuvas que atingem o estado do Rio Grande do Sul. A informação foi divulgada pelo prefeito de Bento Gonçalves, Diogo Segabinazzi, e confirmada pelo governo do estado.
Em nota, a Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) afirmou que o rompimento ocorreu “devido ao contínuo aumento da vazão do Rio das Antas e das fortes chuvas que atingem o estado”.
“Enchentes serão as piores da história”
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 2, que as chuvas no estado serão as piores da história.
“Será pior do que qualquer enchente que vocês já viram aqui no Município. Será pior que a pior enchente já registrada que foi a de 1941. Isso vai acontecer no início dessa madrugada e no início da manhã de amanhã [sexta-feira, 3.]”, disse o governador.
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