O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou há pouco que vai analisar o pedido de prorrogação dos trabalhos da CPI da Covid apenas no início de agosto. Apesar disso, a tendência é que os trabalhos continuem por mais 90 dias.

Ontem, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede), apresentou um pedido para prorrogar os trabalhos por mais 90 dias. O requerimento teve o apoio de 34 parlamentares.

Hoje, Pacheco leu o requerimento do vice-presidente em plenário e afirmou que vai aguardar o encerramento da primeira etapa da CPI para deliberar sobre a prorrogação dos trabalhos.

A decisão do presidente do Senado, porém, causou estranheza em alguns senadores. De acordo com o artigo 152 do regimento interno da Casa, não é necessário aguardar o fim do prazo inicial de uma comissão para se determinar a prorrogação dos trabalhos.

A CPMI das Fake News, por exemplo, foi prorrogada 10 dias antes do prazo inicial de encerramento.

Além disso, integrantes do chamado G7 — grupo de senadores independentes e de oposição — temem que alguns parlamentares retirem suas assinaturas do requerimento de prorrogação da CPI, como já aconteceu com o senador Chico Rodrigues (DEM-RR). Em abril, apesar de ter o número regimental de apoiamentos, a CPI somente foi instalada por determinação do Supremo Tribunal Federal.