Rodolfo Borges na Crusoé: O complicado cartão azul
Se a essência do futebol for a simplicidade, qualquer acréscimo ao jogo será um desvio, por mais justiça que ele porventura venha a trazer às partidas
Em sua coluna esportiva para a edição de número 302 da Crusoé, Rodolfo Borges fala sobre a implantação do cartão azul em partidas de futebol. A polêmica regra que a FIFA pretende implementar no esporte mais popular do mundo tem o objetivo de punir o jogador que cometeu uma falta não tão grave em dez minutos fora de campo.
Chesterton diz que tradição é a “democracia dos mortos”. “Significa dar votos à mais obscura de todas as classes, os nossos antepassados”, acrescenta em Ortodoxia, antes de dizer que “a tradição se recusa a submeter-se à pequena e arrogante oligarquia daqueles que simplesmente andam por aí”. É por isso que Carlo Ancelotti e Jürgen Klopp, dois dos principais treinadores de futebol do mundo, não gostaram de ouvir falar no cartão azul.
O jornal britânico The Telegraph assustou o mundo do futebol ao revelar que o International Football Association Board (IFAB), responsável por zelar pelas regras do jogo mais popular do mundo, planeja iniciar os testes de uma punição intermediária entre os cartões amarelo e vermelho, cuja aplicação deixaria o jogador punido fora de campo por 10 minutos.
Como o Telegraph disse que os testes começariam pela Copa da Inglaterra e pela FA Cup feminina, a Fifa se apressou em esclarecer que “os relatos do chamado ‘cartão azul’ nos níveis de elite do futebol são incorretos e prematuros”.
“Quaisquer testes desse tipo, se implementados, devem se limitar a testes de forma responsável em níveis inferiores, uma posição que a Fifa pretende reiterar quando este item da agenda for discutido na Assembleia Geral do IFAB em 1º de março”, completa a nota.
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