RJ e Ministério da Justiça rascunham comitê para asfixiar milícias
O Ministério da Justiça e o governo do Rio de Janeiro devem formalizar, nesta quarta-feira (1º), a criação do CIIFRA, o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos. O esforço é mais um apresentado pelos dois lados para tentar asfixiar, financeiramente, as milícias e as narcomilícias que dominam parte significativa da capital fluminense...
O Ministério da Justiça e o governo do Rio de Janeiro devem formalizar, nesta quarta-feira (1º), a criação do CIIFRA, o Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos. O esforço é mais um apresentado pelos dois lados para tentar asfixiar, financeiramente, as milícias e as narcomilícias que dominam parte significativa da capital fluminense e das cidades na região metropolitana.
A pasta comandada por Flávio Dino diz que participarão do Comitê a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e secretarias de Estado de Polícia Civil (Sepol) e da Fazenda (Sefaz). MPF e o MP fluminense também serão convidados, além do Coaf, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras.
Os membros do CIIFRA garantem que a medida, de cooperação técnica, será inédita no Brasil. “Acho que inauguramos uma dimensão inédita, que é a integração das Inteligências das forças de segurança e dos órgãos de controle federais com as Inteligências dos respectivos órgãos estaduais do Rio de Janeiro, o que poderá ser um exemplo para o Brasil todo”, disse Nicola Miccione, o secretário de Casa Civil do governador Cláudio Castro (PL). “Isso permitirá o combate aos crimes financeiros com maior velocidade.”
Já Dino —que nesse ano já tentou dois planos diferentes para conter a violência no estado, o último ainda neste mês— destacou que os trabalhos buscam “desidratar financeiramente o crime organizado.” O tema do combate financeiro às milícias deve ser levado nesta quarta-feira ao presidente Lula, em reunião no Palácio do Planalto . “Por determinação do presidente Lula, estamos percorrendo todo o espectro possível de ações, desde a ostensividade até a prevenção, e também mecanismos de inteligência e de investigação”, continuou.
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