Rivaldo Barbosa assumiu polícia do Rio na véspera do assassinato de Marielle
“Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo", diz Marcelo Freixo
O delegado Rivaldo Barbosa (foto), preso neste domingo, 24, por suspeita de proteger os mandantes do assassinato de Marielle Franco, assumiu a chefia da Polícia Civil no Rio de Janeiro em 13 de março de 2018, um dia antes do crime.
Segundo apuração do G1, Rivaldo Barbosa teria combinado com Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, que garantiria a impunidade.
Em publicação nas redes sociais, o ex-deputado Marcelo Freixo comentou a prisão do delegado e afirmou que ligou para ele “quando soube do assassinato da Marielle e do Anderson e me dirigia ao local do crime”.
“Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”, escreveu Freixo no X.
A mãe de Marielle Franco, Marinete da Silva, disse neste domingo à Globonews que a prisão do ex-chefe da Polícia Civil do Rio é a mais surpreendente. Ela e o marido ouviram do policial que a apuração era uma “questão de honra”.
“É uma tristeza muito grande ver o nome dele nessa lama”, disse Marinete.
Como mostramos, o delegado foi preso nesta manhã. A Polícia Federal prendeu ainda Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), do Rio de Janeiro, e o seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão.
Os irmãos Brazão são acusados de serem os mandantes do assassinato de Marielle Franco.
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