Retrospectiva: o dia em que Gleisi e Padilha viraram ministros
A indicação de Gleisi para a pasta representou uma derrota aos partidos do Centrão, que queriam indicar alguém para a 'cozinha' do Planalto
Em 28 de fevereiro deste ano, o presidente Lula anunciou o nome de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais no lugar de Alexandre Padilha. Padilha, de quebra, foi realocado para o Ministério da Saúde.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na manhã desta sexta-feira, 28 de fevereiro, com a deputada federal e presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, e a convidou para assumir a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República. Gleisi vai substituir o atual ministro da SRI, Alexandre Padilha, que foi recém indicado para o Ministério da Saúde”, informou o Palácio na época.
A indicação de Gleisi para a pasta representou uma derrota aos partidos do Centrão. Aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos), tentavam convencer Lula a que ele acatasse a nomeação de Sílvio Costa Filho, atual ministro de Portos e Aeroportos; outra ala do governo sugeriu o nome de Isnaldo Bulhões, do MDB de Alagoas.
Lula sempre vislumbrou o nome de Gleisi para um ministério.
Os acenos de Lula para Gleisi Hoffmann
Em 30 de janeiro, em conversa com jornalistas, o petista fez um aceno público à presidente do PT. Era um dos principais indicativos da nomeação da então presidente do PT.
“Ela [Gleisi] tem condições de ser ministra em muitos cargos. Até agora, não tem nada definido. Ela não conversou comigo, eu não conversei com ela”, disse o petista.
Para nomear Alexandre Padilha, Lula rifou Nísia Trindade, integrante do chamado quadro técnico do partido.
Ao nomear Gleisi para um ministério, Lula tentou demonstrar à sua militância que mantém certos princípios relacionados à igualdade de gênero. A Secretaria de Relações Institucionais, importante que se diga, é uma pasta que está na chamada ‘cozinha’ do Palácio do Planalto.
Durante o ano, Gleisi Hoffmann se mostrou uma das vozes mais ativas do governo Lula, mas ela não conseguiu resolver um dos principais problemas do terceiro mandato do petista: a falta de articulação política. Principalmente com os partidos do Centrão.
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