Relaxar medidas de isolamento em São Paulo seria “se atirar no escuro”, diz secretário
Em entrevista a O Antagonista, o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que "não há hipótese" de a capital paulista pensar em um relaxamento das medidas de isolamento social neste momento, em meio à pandemia da Covid-19...
Em entrevista a O Antagonista, o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou que “não há hipótese” de a capital paulista pensar em um relaxamento das medidas de isolamento social neste momento, em meio à pandemia da Covid-19.
“Não há hipótese de a gente pensar em fazer relaxamento de restrições na cidade de São Paulo. Aqui não temos como fazer isso. Temos que conscientizar a população, mostrar a importância de a gente suportar por mais algum tempo. Mas São Paulo fazer isso [aliviar as medidas de distanciamento] seria se atirar no escuro”, disse Aparecido.
Na última quarta-feira, o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que o estado se prepara para iniciar um programa de reabertura “gradual” da economia, com a flexibilização do isolamento de forma regionalizada e tendo como base orientações científicas e médicas.
Um dia depois, o próprio Doria mudou o tom e deixou no ar a possibilidade de rever o plano de reabertura caso os índices de isolamento social no estado não alcancem 50%. No dia 22, por exemplo, esse percentual foi de apenas 48%.
“A gente só não tem um nível de contaminação mais expressivo no interior do estado porque o interior não veio para a capital, que estava praticamente fechada. O isolamento feito na capital auxiliou não só a população da capital, mas preservou a população do interior”, analisa Aparecido.
“A nossa curva [de contágio] só cresce. Ela só não está crescendo na velocidade com que cresceu em outros lugares, muito em função do trabalho que foi feito”, diz.
“Se a gente não tivesse feito a restrição de isolamento há 25 dias, hoje seguramente estaríamos com o sistema de saúde à beira do colapso. Foram essas medidas que nos deram algum tempo para estruturar [o sistema de saúde]. E, mesmo assim, temos alguns hospitais com 95% de ocupação.”
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